sexta-feira, novembro 04, 2005

Fidel Castro pede ajuda à Igreja Católica

PARA COMBATER A PRAGA DO ABORTO

Uma das notícias que me surpreendeu foi a publicada pelo jornal italiano «La Stampa» de que Fidel Castro pediu ajuda à Igreja católica para combater a praga do aborto em Cuba. A informação chegou pelo cardeal Tarsicio Bertone no término de sua recente visita à ilha, numa entrevista concedida àquele jornal. De outro modo teríamos dificuldade em admiti-la como verdadeira. É que foram regimes comunistas como o de Cuba que liberalizaram o aborto que durante milénios foi tido como uma prática desumana.
O referido cardeal – arcebispo de Génova – falou do encontro que teve com o presidente cubano, Fidel Castro, no final de sua visita de uma semana àquela ilha, onde foi acompanhar dois padres «Fidei Donum» que a sua Diocese ofereceu para pastorear Cuba.
«A difusão do aborto, como sublinhou Fidel Castro, está entre as causas da crise demográfica do país. E é também uma consequência da praga do turismo sexual. É natural que Castro esteja preocupado e que eu me envergonhe do comportamento de certos italianos no exterior», reconheceu o prelado. «No aborto e na baixa natalidade a Igreja pode dar sua contribuição num país onde já a abertura é total», descreveu.
Este apelo de Fidel Castro recorda-me um dos argumentos que muitas pessoas mesmo não católicas aduzem contra a descriminalização do aborto. Desta depressa se passa à liberalização e daí até ao desrespeito total da vida humana vai um pequeno passo. Isso denota bem que toda a cautela é pouca em liberalizar leis como a do aborto que é sempre um atentado contra vidas inocentes.

2 comentários:

Anónimo disse...

É como dizes: basta dar uma ponta do dedo, querem logo a mão e tudo o resto.
Não se pode permitir o aborto, como não se podem permitir os roubos.
J. Costa

Anónimo disse...

Com o devido respeito, percebo a ideia mas deixo o reparo: um roubo é uma "transferência" ilícita de propriedade. Mas um aborto é o assassínio puro e simples de um ser humano. Comparar em termos iguais a gravidade de ambos os procedimentos é totalmente despropositado.