quinta-feira, fevereiro 28, 2008

A República precisa de crentes


Disseram os jornais, que a senadora mais votada na história do Senado Espanhol, em representação dos socialistas catalães por Barcelona, abandonou aquele cargo, por incompatibilidade com a actual política de seu partido,o PSOE, difundindo uma nota através da agência Europa Press.

Nessa nota Mercedes anuncia a sua conversão ao cristianismo e dá conta de que a sua postura choca com as leis do Governo, "Meu actual compromisso cristão me levou a opor às leis do Governo que chocam frontalmente com a ética cristã, como a regulação dada à união homossexual ou a pesquisa com embriões, e que em consciência não pude apoiar. Em consequência, impunha-se a decisão que tomei", afirma em seu comunicado.


Já em Junho de 2005, Mercedes Aroz anunciou sua oposição à lei socialista do matrimónio homossexual, como publicou em seu momento "Fórum Libertas", quando aquela lei se debateu no Senado e foi rejeitada por este órgão político, mas essa decisão não foi respeitada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
Mercedes Aroz disse, em declarações à Europa Press: "Eu quis tornar pública a minha conversão para sublinhar a convicção da Igreja Católica de que o cristianismo tem muito a dizer aos homens e mulheres de nosso tempo, porque há algo mais que a razão e a ciência. Através da fé cristã, chega-se a compreender plenamente a própria identidade como ser humano e o sentido da vida".


Por seu lado o novo Presidente francês fez uma afirmação que levantou os cabelos aos laicistas de França e não só: “A República precisa dos crentes”. E o mesmo Sarkozy foi ainda mais longe, assumindo as raízes cristãs da França, "cimento da identidade nacional", e defendendo uma laicidade positiva que não encare as religiões "como um perigo, mas sim como um trunfo", numa França hoje religiosamente diversa.

Nunca um Presidente tinha ido tão longe, desde a lei da Separação de 1905. Tais afirmações levantaram muitas vozes contra mas são bem a evidência de que os tempos mudaram e são hoje mais favoráveis a uma liberdade para todos.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Brasil confia na Igreja


Na mesma linha do último levantamento da pesquisa CNT/Sensus, feito em abril de 2007, a Igreja e as Forças Armadas continuam liderando a confiança dos brasileiros, com 39,4% e 16,5% das menções, respectivamente. O Congresso Nacional é o lanterna do ranking, com apenas 0,5% do total. Em seguida aparecem imprensa e meios de comunicação (12,7%), Justiça (11,3%), governo federal (4,4%) e polícia (4,1%). O número dos que não confiam em nenhum desses ou não souberam responder chegou a 11,2%.

A pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrou ainda o conservadorismo médio da população, quando perguntou quais valores os entrevistados consideravam mais importantes para transmitir aos filhos. Em primeiro lugar aparece a religião, com 25%, seguida de responsabilidade (18,4%), obediência (17,7%), boas maneiras (9,6%), compromisso com trabalho (8,8%), determinação e perseverança (8,5%). Em pior colocação apareceram tolerância (7,4%), independência (2,2%) e valor do dinheiro (1,5%).

domingo, fevereiro 17, 2008

Jovens heróis



Três dos 40 adolescentes sequestrados no Iraque arriscaram sua vida na semana passada para não apostatar de sua fé cristã, revela um bispo do país.


Dom Louis Sako, bispo de Kirkuk, explica: «Na semana passada, em uma estrada que leva a Bagdá, terroristas seqüestraram 40 alunos de uma escola. Entre eles havia três cristãos a quem impuseram que se convertessem ao islão. Os três jovens opuseram-se com energia, dizendo que estavam dispostos a morrer por sua fé».

Segundo explicou o prelado ao SIR, serviço de informação religiosa na Itália, «o que aconteceu aos três jovens cristãos significa que, apesar das muitas dificuldades, nossos fiéis não perdem a fé e a esperança, e mais, reforçam-nas».

O prelado explica que na sua diocese durante esta Quaresma os «irmãos muçulmanos estão vindo para nos visitar», ainda que reconhece que a reconciliação e a convivência «exigem tempo e devem ser aprendidas».


domingo, fevereiro 10, 2008

Oratória

Veja parte da Oratória sobre Fátima:

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Reinserção social?!



Um investigador da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto, Tiago Neves, passou um ano em trabalho de campo num centro educativo e constatou que nenhum trabalho é feito para incutir valores nos jovens e que a reinserção social dos jovens delinquentes ali acolhidos é um falhanço.

Segundo a sua análise, a disciplina severa que é aplicada aos técnicos sempre que há distúrbios, fugas ou agressões a professores por parte dos jovens, leva a que estes adoptem uma estratégia sobretudo defensiva. A educação fica prejudicada também devido ao facto dos técnicos mais especializados estarem "assoberbados com trabalho administrativo", ficando os jovens entregues a maior parte do tempo aos monitores – menos especializados, apesar da longa experiência que alguns já têm.

A lei que criou estes centros para jovens delinquentes entre os 12 e os 16 anos (podendo o internamento ir até aos 21) define como prioridade educação para o Direito. Mas em lado nenhum se define o que isso seja. Esta indefinição, segundo o professor do Porto, tem um resultado: os centros não cumprem a sua função de reinserção.

Assim não vale!!! Todos ficamos a perder.

domingo, fevereiro 03, 2008

É a Igreja que tem um problema com a democracia ou é a democracia que tem um problema com a Igreja?


A comissão permanente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) publicou uma nota sobre as próximas eleições de 9 de Março, deixando duras críticas ao governo de José Luis Rodríguez Zapatero por causa das medidas legislativas sobre a família e o matrimónio, bem como das negociações com a ETA.

O terrorismo, escrevem, “é uma prática intrinsecamente perversa, de todo incompatível com uma visão moral da vida justa e razoável”, condenando “a negociação política com organizações terroristas”.

O texto alerta para “o perigo de opções políticas e legislativas que contradizem valores fundamentais e princípios antropológicos e éticos enraizados na natureza do ser humano, em particular no que diz respeito à defesa da vida humana em todas as suas etapas, desde a concepção até à morte natural, e à promoção da família fundada no matrimónio”.

A Nota passa em revista vários dos temas que geraram polémica nestes últimos 4 anos de relação Igreja-Estado:
o combate às “referências religiosas” na sociedade;
a liberdade de ensino;
os nacionalismos;
Ninguém critica tanto (e de forma tão virulenta) um governo como a oposição, os sindicatos ou os jornalistas. O governo discorda, mas não contesta. A liberdade de opinião é sagrada. Mas se for a Igreja a emitir um parecer ou a fazer uma chamada de atenção, parece que tudo cai. Não se comenta sequer o conteúdo. Contesta-se, à cabeça, o próprio direito de intervir.

Discutamos todas as ideias.

Mas não tentemos calar ninguém.

A democracia não é para abafar.

É para permitir que todas as vozes se oiçam.

No blog: Padres inquietos