segunda-feira, outubro 31, 2005

Pensar na morte ...

... para celebrar a vida


Miguel Ângelo - Capela Sistina


Ontem passei por várias floristas que de manhã e de tarde se atarefavam a servir os clientes, pressurosos de ir até ao Cemitério, onde repousam os corpos dos seus amigos e familiares falecidos.
Amanhã é a festa de Todos os Santos. Santos inocentes e convertidos, cristãos e pagãos, casados e solteiros, crianças e adultos, canonizados ou apenas reconhecidos pela fama popular.
Todos os que viveram no amor de Deus e dos outros participam já da Glória. São para nós exemplo porque foram também sujeitos a muitas tentações e desânimos e não se deixaram vencer.
São frutos da graça e da liberdade que encontraram a sua morada na alegria de Deus. Como diz Emmanuel Kant (1724-1804), essa «é uma felicidade que a razão nem sequer ousaria desejar, mas que a revelação nos ensina a esperar firmemente confiantes.»
O cristianismo não é uma religião da morte mas da Vida. E da Vida para sempre!

sábado, outubro 29, 2005

Bom senso

Uma oportunidade à vida

José Sócrates vai respeitar promessa de referendo.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Deus existe?

DO NADA, NADA SE CRIA

Se formos acordados no meio da noite pelo ruído de um abajur derrubado no andar de baixo, qual será o primeiro pensamento que nos virá à cabeça? “Há um ladrão na casa!”, imaginaremos com um sobressalto. A seguir, enquanto prendemos a respiração e aguçamos os ouvidos para descobrir se os ruídos se repetem, a nossa mente buscará ansiosamente alguma outra explicação: Será que deixamos a janela aberta, e o vento derrubou a lâmpada? Ou terá sido apenas o gato, nas suas andanças noturnas? Ou então uma das crianças que se levantou no meio da noite para ir buscar alguma coisa na cozinha?

Seja como for, por que sentimos essa necessidade de encontrar uma explicação para o abajur derrubado? Por que não nos limitamos a dizer: “Nada derrubou o abajur. Simplesmente aconteceu; isso é tudo”, e nos viramos para o lado e voltamos a dormir? Ora bem, a razão pela qual buscamos a todo o custo uma explicação para o barulho é que somos pessoas inteligentes, temos uma cabeça que raciocina e sabemos muito bem que nada acontece sem uma causa. Isto é tão óbvio que não parece sequer valer a pena mencioná-lo. “O que quer que aconteça tem de ter sido causado por alguma outra coisa”; ou, para dizer o mesmo de uma maneira um pouco mais técnica, “todo o efeito tem de ter uma causa proporcionada”.

Ora, isto é tão evidente como o nariz no meio do nosso rosto. No entanto, existem pretensos filósofos que procuram negá-lo. “Não podemos afirmar que seja assim em todos os casos”, dizem, “porque não conhecemos todas as coisas. A nossa experiência diz-nos que todo o efeito tem uma causa, mas isso não quer dizer nada, muito menos que essa regra não admita exceções. Pode ser que em 999 trilhões, 999 bilhões, 999 milhões, 999 mil e 999 casos, tudo aquilo que acontece seja causado por alguma coisa que aconteceu antes; mas, da quadrilionésima vez, pode ser que algo aconteça sem ter sido causado por alguém ou por alguma coisa anterior. Simplesmente, não dispomos ainda de dados suficientes para comprová-lo”

Parece ridículo, não é verdade? No entanto, o ateu, para poder defender a coerência da sua posição, tem de negar a evidência dos seus próprios sentidos; tem de negar o que se costuma chamar o princípio da causalidade, isto é, que todo o efeito tem uma causa. E tem de negá-lo porque nesse princípio se baseia um dos principais argumentos para provar a existência de
Deus. Há diversas maneiras de formulá-lo, mas basta-nos apenas uma, que desenvolveremos a seguir.

Do nada, nada se cria. Se não tivermos alguma coisa para começar, não chegaremos a produzir nada. Sem farinha, ovos e açúcar, não há bolo. Sem bolota, não há carvalho. Sem pais, não há filhos. Portanto, se não existisse um Ser Eterno (isto é, que nunca começou a existir, porque a existência pertence à sua própria natureza) e Todo-Poderoso (isto é, capaz de produzir algo a partir do nada), simplesmente não existiria mundo algum, não existiriam nem árvores nem animais, não existiríamos nem você nem eu. Porque, se não existisse esse Ser Eterno e Onipotente, quem teria feito com que todas as coisas existissem? O carvalho procede de uma bolota, e essa bolota procedeu de outro carvalho; mas quem fez a primeira semente ou o primeiro carvalho? A criança nasce de uns pais, que por sua vez nasceram dos seus próprios pais; mas quem fez o primeiro homem e a primeira mulher? E se o evolucionista nos objetar que tudo começou com uma massa informe de átomos, poderemos perguntar-lhe por nossa vez: “Está bem; mas quem fez essa primeira massa informe de átomos?” Não, é necessário que tudo tenha começado a partir de Alguém que, desde toda a eternidade, tenha existido independentemente de qualquer outra coisa. E esse Alguém é precisamente Aquele a quem chamamos Deus.

Por Leo J. Trese

quinta-feira, outubro 27, 2005

Si ton coeur était droit...

Uma bela poesia de Corneille
que deixo aqui com algumas adaptações:

Si ton coeur était droit, toutes les créatures
te seraient des miroirs et des livres ouverts,
où tu verrais sans cesse, en mille lieux divers,
des modèles de vie et des doctrines pures.

Toutes, come à l’envie, te montrent leur Auteur,
Il a dans la plus basse imprimé sa hauteur,
et dans les plus petite Il est plus admirable:

De sa pleine bonté, rien ne parle à demi,
et du vaste océan la masse épouvantable
ne l ‘étale moins que la moindre fourmi.

Et tous les êtres ne parlent que de Lui
dès la Sainte Vierge au petit grain de sable,
dès la petite étoile au Soleil à midi."

Tudo fala de Deus!

A ideia que faz de Deus



Albert Einstein


Albert Einstein é um dos maiores cientistas do século XX. É dele este texto:

«A opinião comum de que devo ser ateu repousa sobre grave erro. Quem a pretende deduzir de minhas teorias científicas não as entendeu. Creio num Deus pessoal e posso dizer-lhes que, nunca, em minha vida, cedi a uma ideologia ateia.

Não há oposição entre a ciência e a religião.
Apenas há cientistas atrasados, que professam ideias que datam de 1880.

Aos dezoito anos, eu já considerava as teorias sobre o evolucionismo mecanicista e casualista como irremediavelmente antiquadas.

No interior do átomo não reinam a harmonia e a regularidade que esses cientistas costumam pressupor. Nele se depreendem apenas leis prováveis, formuladas na base de estatísticas reformáveis. Ora, essa indeterminação, no plano da matéria, abre lugar à intervenção de uma Causa, que produza o equilíbrio e a harmonia dessas reações dissemelhantes e contraditórias da matéria.

Há, porém, várias maneiras de se representar Deus. Alguns o representam como o Deus mecânico, que intervém no mundo para modificar as leis da natureza e o curso dos acontecimentos. Querem pô-lo ao seu serviço, por meio de fórmulas mágicas. É o Deus de certos primitivos, antigos ou modernos. Outros o representam como o Deus jurídico, legislador e agente policial da moralidade, que impõe o medo e estabelece distâncias. Outros, enfim, como o Deus interior, que dirige por dentro todas as coisas e que se revela aos homens no mais íntimo da consciêncía.

A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa sonhar e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias; a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas: esse conhecimento, esse sentimento, está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.

A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica. Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível, é a ideia que faço de Deus».

segunda-feira, outubro 24, 2005

Igreja em números

Aumentam católicos e sacerdotes

Por ocasião do Dia Mundial das Missões (este ano calhou a 23 de Outubro), a Santa Sé publicou estatísticas nas quais mostra que o número de católicos aumentou em todos os continentes, com excepção da Europa. Estes dados destacam um ligeiro aumento do número de sacerdotes, uma diminuição de religiosas e um impressionante crescimento de missionário leigos e catequistas. No mundo há 1.085.557.000 católicos, 15.242.000 mais que no ano anterior analisado. A Igreja católica experimentou crescimento maior no continente americano (+ 6.678.000), seguido de África (+ 6.231.000), Ásia (+ 2.434.000); e Oceania (+ 113.000). Na Europa havia nessa data 214.000 católicos menos. O número total de sacerdotes no mundo aumentou em 392 unidades, alcançando a quota de 405.450. Os aumentos mais consistentes tiveram lugar na África (+ 1.145) e Ásia (+ 1.010) enquanto que a única diminuição também teve lugar na Europa (- 1.897). O número de sacerdotes diocesanos no mundo aumentou globalmente em 707 unidades, com aumentos em todos os continentes e diminuição na Europa. Os sacerdotes religiosos diminuíram em 315 unidades. Os diáconos permanentes aumentaram 1.427 unidades, alcançando o número de 31.524. O aumento mais consistente teve lugar na América (+ 1.075) e Europa (336). A única diminuição afecta a Ásia (- 3). O número de missionários leigos no mundo é de 172.331 unidades, com um aumento global de 28.586 unidades. Em sua imensa maioria, os missionários leigos encontram-se na América (156.461) que é também o continente que registra o aumento mais significativo (+ 21.815). Os catequistas no mundo aumentaram em 80.222 unidades alcançando a quota de 2.847.673. Este aumento foi particularmente sensível na América (+ 53.675) e Europa (+ 15.672).
Agência FIDES

sexta-feira, outubro 21, 2005

Blair contra delinquentes


Ordem e respeito


Tony Blair quer restaurar o respeito na sociedade e levar famílias acusadas de comportamentos anti-sociais para bairros criados com o propósito de controlar os seus residentes através de gradeamento, câmaras de segurança e polícias que podem, a qualquer altura, fazer detenções ou impor liberdades condicionais.
E também pretende combater os maus comportamentos nas escolas, dando mais poderes aos professores e outros responsáveis. "Ordem e respeito" vai ser o lema do seu terceiro mandato.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Santa Sé na ONU

É preciso resgatar a mulher de abusos

«Todas as formas de violência contra a mulher devem ser condenadas», indicou o arcebispo Celestino Migliore – observador permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas – no decurso da III Comissão da 60ª sessão da Assembleia Geral do organismo mundial sobre o ponto 65: «Implementação do resultado da IV Conferência Mundial sobre a Mulher e da sessão especial da Assembleia Geral titulada "Mulheres 2000: igualdade de gênero, desenvolvimento e paz no século XXI"».
Conseguir que a mulher tenha acesso às fontes de produção e ao capital, sua alfabetização e sua atenção à saúde estão entre as respostas que haveria que buscar desde a ONU à evidência mundial de que «a vulnerabilidade continua sendo uma constante» na vida feminina, considera a Santa Sé. «A violência – em todas suas formas – contra as mulheres, incluindo a violência doméstica e daninhas práticas tradicionais, constitui uma grave violação da dignidade da mulher e de seus direitos humanos. Em alguns países o feticídio e infanticídio feminino continuam», recordou. E falou na prostituição, no tráfico, na pobreza que é sobretudo feminina e na falta de cuidados médicos e higiénicos.

Demografia

Menos 3253 nascimentos, em 2004

A população portuguesa aumentou no ano passado em 54.570 indivíduos, em relação a 2003, graças aos imigrantes, pois os nascimentos foram menos 3253 do que em 2004.
A população idosa continua a aumentar, passando de 16,8 para 17 por cento e o fenómeno do envelhecimento é mais evidente entre as mulheres, tendo aumentado de 18,9 por cento em 2003 para 19,2 em 2004. Dados do INE adiantam ainda que por cada 100 indivíduos jovens há 109 idosos, valor que aumentou em relação a 2003, quando havia 107 idosos por cada 100 jovens.
Em 2004, a população portuguesa estava concentrada, na sua maioria, em Lisboa (2.760.697) e no Porto (1.272.176), seguindo-se a Península de Setúbal (757.113). As regiões do país com menos densidade população são o Pinhal Inferior Sul (composto pelos concelhos de Mação, Oleiros, Proença-a- Nova, Sertã e Vila de Rei), que tem cerca de 42 mil habitantes, e a zona da Serra da Estrela, com cerca de 48 mil pessoas.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Acudindo à desgraça

Cáritas recupera casas


Segundo lemos na Agência ECCLESIA, A Cáritas Diocesana de Leiria vai recuperar cinco casas destruídas pelos incêndios de Agosto no concelho de Pombal. O protocolo com vista à recuperação destas habitações é assinado hoje entre a autarquia daquele concelho e a Cáritas, prevendo um investimento por parte da organização de solidariedade da ordem dos 200 mil euros. As habitações a reconstruir localizam-se nas freguesias de Carnide e de Albergaria dos Doze, prevendo-se que as obras estejam concluídas no final do ano. Segundo a autarquia, esta colaboração da Cáritas tem em conta «a necessidade urgente da recuperação de habitações que deixaram desalojadas pessoas e famílias em situação de extrema carência». Este é o segundo protocolo assinado este mês pela organização católica com Câmaras da região para a reconstrução de casas destruídas pelos incêndios. No início do mês fora contemplado com parceria idêntica o concelho de Ourém, onde a Cáritas Diocesana tem a seu cargo a reconstrução de oito habitações.
Parabéns àquela Instituição católica que não perdeu tempo a aplicar os donativos recebidos e a dar casa a quem a viu arder.
Se todos fizessem assim!...

segunda-feira, outubro 17, 2005

Pobreza

Passa-se fome em Portugal.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, celebrado hoje, deu para reflectir. 852 milhões de pessoas sofrem de subnutrição crónica, embora se produza comida suficiente para alimentar todo o mundo. E também em Portugal as coisas não estão bem. Um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza, somos o país de toda a UE onde é maior a desigualdade na distribuição de rendimentos e as cem maiores fortunas significam 17% do produto interno bruto.

terça-feira, outubro 11, 2005

Nem as sobras lhes deixam comer

Milhares a morrer à fome

A denúncia vem duma organização com credibilidade: há milhares de pessoas a morrer de fome no deserto. O que se tem passado na fronteira marroquina com Ceuta é um escândalo! Os famintos batem às portas da Europa. Querem comer. Querem trabalho. A Europa tranca-lhes as portas e mete-os no meio do deserto.
Esta é uma solução desumana. Os decisores políticos da Europa, da União ou isoladamente, deveriam olhar muito mais para a promoção e desenvolvimento humano dos países da fome. Mas não! Preferern apoiar os ditadores e exploradores dos seus povos. O que se passa na África sub-sahariana é um escândalo. É, como aprendi na minha catequese, «um pecado que brada aos Céus»!
Prender aqueles milhares de homens explorados até ao tutano, na fronteira, é compreensível numa lógica egoísta. A Europa, de facto, não tem capacidade de "absorção" de tanta gente.
Seria difícil ajudar – ainda que fosse só com o que se estraga nos países ricos – estes miseráveis a ter o mínimo de condições de sobrevivência nos seus próprios países?
Isto lembra a parábola de Jesus sobre o rico esbanjador e o pobre Lázaro!...

domingo, outubro 09, 2005

Um lutador contra Hitler

Leão de Münster foi beatificado

Hoje mesmo, dia 9 de Outubro, na Basílica de São Pedro, durante a Santa Missa, o cardeal José Saraiva Martins beatificou o bispo de Münster (Alemanha) que condenou os programas de eutanásia e a perseguição dos judeus realizada pelo nazismo. Com a beatificação deste generoso pastor, a Igreja convida-nos «a imitar seu testemunho valente e fiel nas vicissitudes de nossa época» - declarou o Cardeal português que o beatificou.
O novo Beato, cardeal Clemens August von Galen, é conhecido como o «Leão de Münster», pela maneira como ergueu a sua voz contra Hitler. Ocorre que, sendo bispo de Münster durante o período nazista, fez-se ouvir em defesa dos direitos dos pobres, dos enfermos, protestando com força contra a eutanásia, contra o sequestro de mosteiros e conventos e contra a perseguição de judeus ou a expulsão de religiosos. Para não criar sublevações por causa das denúncias contra a eutanásia pronunciadas pelo prelado, Hitler ditou em 3 de agosto de 1941 uma ordem para bloquear oficialmente a execução do programa de eutanásia. Este já não foi retomado em grande escala, ainda que tenha continuado a prática em situações particulares e mais ocultas. O cardeal agora beatificado é um exemplo para a Igreja de hoje que não deve calar-se perante os erros e as agressões contra a vida e outros direitos humanos. O Sumo Pontífice Pio XII o fez cardeal, mas um mês depois morreu santamente de peritonite», relatou o cardeal Saraiva em 20 de dezembro passado, data em que a Santa Sé promulgou um decreto de reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão e que deu lugar à sua beatificação.

sexta-feira, outubro 07, 2005

A libertação do Karma

Paralelismo entre Budismo e Cristianismo

Encontrei este texto na internet que nos dá conta de algo muito parecido com a redenção cristã e deixo-o à consideração dos meus leitores:
«Como todo ser humano errou, erra e errará, considerando que se há de viver, em algum momento, as consequências de seus erros passados, presentes e futuros, como poderia um tal ser, por si mesmo, atingir a libertação? Seria impossível. E qual então o destino dos seres ignorantes que somos? Estaríamos fadados aos infernos? Sem dúvida sim, se dependêssemos só dos nossos próprios esforços e capacidades. Mas, por compaixão desses seres infernais que somos, o Buda Amida fez seu Voto de libertar todos os seres, sem distinção entre melhores e piores. Só aqui o Budismo atinge sua dimensão universal. A libertação através do Outro Poder é motivada pelas imperfeições da natureza humana e visa resgatar o homem comum, tal como ele é aqui e agora».

«Assim sendo, é o Buddha quem liberta o ser humano. E o Buddha o faz porque compreende, ainda melhor que nós mesmos, como somos limitados. O Buddha nos liberta porque somos errôneos, falhos, imperfeitos e não apesar disso. É porque somos tal como somos que necessitamos de ajuda. Quando não o admitimos, insuflamos o ego com suas pretensões e ocultamos de nós mesmos esta face inalienável de nosso ser, justo a mais verdadeira e própria — a nossa inesgotável ignorância».

quarta-feira, outubro 05, 2005

O karma

Quem me dá uma ajuda?


Cofesso que já tinha ouvido muitas vezes a palavra Karma mas nunca tinha atentado no seu significado religioso e suas consequências na vida das pessoas. Criado e formado no cristianismo, só agora me dei conta das suas implicações na vida das pessoas.
Este termo, na física, expressa a seguinte sentença: "Para toda acção existe uma reacção de força e sentido contrário". Dentro das doutrinas budista, hinduista e outras ele significa que toda a acção feita pelo Homem tem um castigo ou prémio equivalente, nesta vida ou noutra. Se praticou o mal então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado.
Boa explicação para as doenças e azares que muitos têm nas suas vidas.
Mas será que é assim? Que nos diz o cristianismo a esse respeito?
Já agora gostava que os meus leitores me dessem uma ajuda.

terça-feira, outubro 04, 2005

S. Francisco de Assis

O jovem que imitou Cristo




Hoje, dia 4 de Outubro, a Igreja Católica celebra S. Francisco de Assis. Um jovem que tinha tudo o que o mundo invejava mas que tudo desprezou por amor A Cristo e aos irmãos mais pobres.
Vale a pena conhecer a sua vida. Felizmente a internet tem boas biografias sobre este santo.
Que ele peça por nós lá de ao pé de Deus!

domingo, outubro 02, 2005

Na França laicista

Pais acham importante o ensino da religião

O jornal católico La Croix publicou uma sondagem segundo a qual 67 por cento dos pais e avós franceses consideram ser muito importante a transmissão da religião às crianças. A proporção sobe para os 95 por cento junto dos católicos praticantes, e está nos 62 por cento entre os não praticantes.
Pais e avós entendem que essa transmissão é mais importante quando as crianças são pequenas. Parale-lamente, quase dois terços dos inquiridos interroga-se sobre o tipo de valores que se deve transmitir às suas crianças.
O mensário Europe Infos, da Comissão dos Episcopados da UE (COMECE), também dedica este mês um artigo à "instrução religiosa nas escolas na Europa", declarando que o desaparecimento do conhecimento sobre o Cristianismo na sociedade europeia provocaria «a falta de compreensão da nossa própria cultura».
O desaparecimento eminente do conhecimento religioso leva a COMECE a interrogar-se sobre as formas de travar essa tendência, levando a um conhecimento do Cristianismo como «religião directriz da Europa».
As modalidades de um ensinamento que proponha o conhecimento de conteúdos fundamentais das religiões na Europa esteve em discussão no passado mês de Abril, num Congresso de comunidades religiosas e Organizações Não-Governamentais em Estrasburgo. O debate não está encerrado, mas a COMECE considera que empurrar a disciplina de Religião para as margens do horário escolar «é uma degradação da instrução religiosa, equiparando-a a uma actividade de lazer».