domingo, abril 27, 2008

Surras nas esposas





Obrigado, PDIVULG, por me teres dado a conhecer estes "exemplares" discursos muçulmanos. Há uma diferença grande entre estas "pregações" islamitas e as "pregações" dos padres cristãos.
Acham os leitores possível um discurso destes feito em alguma igreja cristã?

sábado, abril 26, 2008

Mais crentes assumidos


De 1991 a 2001 aumentou o número de crentes que assumiram a sua fé quando questionados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O facto foi ressaltado no primeiro estudo estatístico sobre a diversidade religiosa em Portugal baseado nos 13.º e 14.º censos da população que conclui que "o processo de laicização é incipiente e o catolicismo permanece, pelo menos enquanto referência identitária, hegemónico".


Segundo o sociólogo Tiago Santos, à excepção dos judeus, o número de pessoas associadas a cada uma das religiões referidas pelo INE - católica, ortodoxa, protestante, outra cristã, judaica, muçulmana e outra não cristã - cresceu. O autor realça que este crescimento foi "conseguido sobretudo à custa de uma diminuição muito substancial do número de indivíduos que recusa responder à questão colocada pelo INE "Indique a sua religião". Ou seja, conclui, "mais do que uma onda de conversões ou revivalismo religioso, parece haver uma maior capacidade de cada qual assumir a sua fé".

sábado, abril 19, 2008

Paróquias ecológicas


A Conferência Episcopal Italiana está a elaborar um plano de acção para que as novas igrejas e paróquias baixem o consumo de energia, abatendo os custos. Além disso, acredita que os edifícios históricos e artísticos devam ser mantidos ou reestruturados segundo os mais modernos critérios ecológicos.

Com o tema, "Construir bem para viver melhor. Edifícios de culto no horizonte da sustentabilidade", a Conferência reuniu em Roma especialistas de vários campos para apresentar mudanças em relação à "bioarquitetura" das paróquias.

Sob a direcção de Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, os especialistas das várias disciplinas ligadas à arte do culto estiveram atentos à ilustração do projecto.

Entre os casos apresentados como exemplo estava a igreja da Divina Misericórdia de um bairro de Roma, projectada para o Jubileu do 2000 pelo arquiteto Robert Mayer, e a nova basílica de São Pio de Pietrelcina, no qual o projeto é assinado por Renzo Piano. Como exemplo de restauração eco-compatível foi citada a igreja do Bom Pastor, no centro histórico da cidade de Bari. A economia de energia alcançada com as igrejas que respeitam o meio ambiente é calculada entre 30 e 70%.

O plano para a "bioarquitetura" nas paróquias confirma a sensibilidade das igrejas italianas pelo meio ambiente. Uma das iniciativas é o dia nacional dedicado à proteção da criação, instituído em 2006, para promover o respeito à natureza dentro de uma ampla cultura em defesa da vida e pela saúde do homem.

A ecologia é também enaltecida por Bento XVI, através de algumas mensagens destinadas aos diplomatas internacionais. "Um dos campos que parece urgente trabalharmos é, sem dúvida, aquele de protecção da Criação. Às novas gerações é confiado o futuro do planeta, no qual são evidentes os sinais de um desenvolvimento que nem sempre sabe defender os equilíbrios da natureza. Antes que seja muito tarde, devem-se adoptar escolhas corajosas, que saibam recriar uma forte aliança entre o homem e a terra", disse o papa. (AC/BF)

quinta-feira, abril 17, 2008

O Cónego Dr. Manuel Paulo


Faz hoje, dia 17 de Abril, 25 anos que faleceu inesperadamente o Cónego Dr. Manuel Paulo.
Muitos dos nossos leitores hão-de perguntar quem foi este homem para aqui o invocarmos. Para além de muitas outras coisas, entre as quais professor e reitor do Seminário de Coimbra, o Dr. Manuel Paulo escreveu durante cerca de 30 anos a crónica de “O Amigo do Povo” À Sombra do Castanheiro/ Ao Calor da Fogueira, que nasceu com o jornal e ainda continua a ter inúmeros leitores, hoje escrita por um outro Doutor prestigiado de Coimbra.

Estas crónicas foram publicadas em 5 volumes, após a sua morte, e ainda agora se lêem com proveito para conhecermos e reflectirmos sobre o que foram esses tempos conturbados do chamado PREC – Processo de Revolução em Curso – que se seguiu ao 25 de Abril de 1974. Nesse tempo, alguns deputados encarregavam-se de levar “O Amigo do Povo” para a Assembleia da República, onde era disputado, e o À Sombra do Castanheiro/ Ao Calor da Fogueira era por vezes matéria de aceso debate.

O Dr. Manuel Paulo ajudou – e muito – a iluminar os acontecimentos daquela época com a sua reflexão crítica e a preparar as pessoas para a resistência a uma nova ditadura de sinal contrário que alguns lhe estavam a preparar. Este insigne Mestre e Intelectual não era, como alguns pensavam, um conservador e apoiante do antigo Regime de Salazar e Marcelo Caetano. Antes pelo contrário: sei, e muitos colegas meus também o sabem, que era um firme defensor das novas ideias que já andavam no ar há alguns anos – sobretudo após o Concílio Vaticano II – e não se escusava de criticar publicamente os que no clero alinhavam por uma cada vez maior proximidade entre Igreja e Estado Novo. Um célebre escrito acusatório que um outro professor estava a redigir contra o Reitor do Seminário foi “confiscado” por alunos da minha turma e levado em triunfo ao visado Dr. Manuel Paulo, que nos ficou eternamente agradecido. Na altura nada conseguiu dizer àqueles alunos “trangressores” do respeito pela privacidade alheia, mas os seus olhos e gestos falaram melhor que todas as palavras.

sábado, abril 05, 2008

Vale a pena reagir


Um amigo enviou-me um comentário sobre a falta de uma Bíblia nos quartos de um hotel em Beja. E relata a sua estranheza. Tem andado por muito lado e sempre encontrou ou na cómoda ou nas gavetas da mesinha de cabeceira as Sagradas Escrituras. Mas naquele hotel não havia.
"Será porque estamos em terras onde predominam os comunistas" – pergunta. "Será que o proprietário não é crente e faz disso alarde?"
E o nosso leitor diz que perguntou aos empregados mas não lhe souberam dar uma resposta convincente.
"Para a próxima não vou para um tal hotel" – garante-nos.
Isto fez-me lembrar o que li há tempos nas Selecções do Reader's Digest. Num dos países nórdicos, talvez a Dinamarca ou Suécia, onde alguém refilou contra a presença da Bíblia no quarto do hotel. Protestou junto da gerência do hotel. Esta transmitiu o protesto à respectiva cadeia. Em consequência, foram retiradas todas as Bíblias dos quartos.
Só que por ali passou alguém que reagiu à falta da Bíblia. E depois outro e outro.
Moral da história: eram mais os que refilavam e prometiam não voltar do que o tal (e único) que primeiro tinha reagido à presença daquele Livro sagrado. E aquela cadeia de hotéis voltou a colocar uma bíblia em cada quarto do hotel.
Isto é sintomático de que o que conta para muitos empresários é o lucro. E se a gente se cala, são as minorias que levam a melhor.
Louvamos, pois, aquele nosso leitor que fez sentir a falta de uma Bíblia no hotel de Beja. Talvez isto seja uma ideia a pôr em prática por outros. Neste e noutros aspectos.