terça-feira, junho 24, 2008

Sem Deus


Acabo de ler o livro de Zita Seabra "Foi assim", em que esta senhora apresenta as razões porque deixou a ideologia comunista e foi expulsa do Partido Comunista Português. O seu testemunho sobre os crimes do comunismo soviético é arrepiante. A "perestroika", movimento geral de desestalinização adoptado a partir da ascensão de Gorbatchov a secretário geral do Partido Comunista da União Soviética (11 de Março de 1985), pôs a nu os milhões de mortes que tal ideologia havia perpetrado.

«Pela primeira vez pus em dúvida o verdadeiro sentido do conceito de superioridade moral dos comunistas, – escreve a autora – ao constatar que as vítimas do comunismo são vítimas iguais às do nazismo. O terror revolucionário, com raízes no terror jacobino, abriu caminho a um dos maiores dramas a que assistimos no século xx, o comunismo. Só quando percebi que aquelas vítimas, aqueles milhões de mortos não podiam ser separados da essência do regime comunista, só nesse momento me libertei do comunismo.»

Muitas pessoas pensam que não precisam de Deus. Mas uma sociedade sem Deus coloca em risco o próprio homem. Facilmente se converte numa sociedade contra os mais fracos, onde prevalece o poder do mais forte.

terça-feira, junho 17, 2008

Igreja merece confiança


Mais uma vez o Barómetro de Confiança nas Instituições Brasileiras, da Associação dos Magistrados Brasileiros, coloca a Igreja Católica brasileira no pódium. Apesar de nos últimos 20 anos, as igrejas protestantes – sobretudo as pentecostais – terem feito muito barulho contra a Igreja católica, esta tem vindo a merecer sempre um lugar cimeiro na confiança do povo.

No ranking de classificação, dentre as 17 instituições avaliadas, os partidos políticos aparecem em último lugar. Já as Forças Armadas lideram o ranking de confiança das instituições, com um nível de 79% de confiabilidade. Em seguida aparecem a Igreja Católica, com 72%, e a Polícia Federal, com 70%.

O Barómetro de Confiança nas Instituições Brasileiras foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Económicas (Ipespe) e entrevistou, por telefone residencial ou comercial, 1.500 brasileiros das cinco regiões do País, no período de 29 de maio a 2 de Junho último.

quarta-feira, junho 11, 2008

Religião favorece fraternidade


«O esquecimento do Criador – lê-se no Documento Teológico de Base para o 49.° Congresso Eucarístico Internacional, a realizar no Québec de 15 a 22 deste mês de Junho – leva ao risco de fechar o homem em si mesmo, num egocentrismo que cria incapacidade de amar e de se comprometer de maneira estável, conduzindo a uma frustração crescente da aspiração universal ao amor e à liberdade».

O reconhecimento da existência de um Pai comum - o Deus de Jesus Cristo -, que a todos ama, pode ajudar o homem a descobrir no outro um irmão, que tem o direito de ser feliz e tem sede de amar e de ser amado, e não usado ou explorado.

Muitas pessoas pensam que não precisam de Deus. Mas a experiência diz-me que uma sociedade sem Deus coloca em risco o próprio homem. Facilmente se converte numa sociedade contra os mais fracos, onde prevalece o poder do mais forte. Ainda mesmo que muitos desses indivíduos que a formam se digam cristãos. Se não praticam a fraternidade, o seu cristianismo vai por água abaixo. A lei cristã é: "Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo».

quarta-feira, junho 04, 2008

Devo muito à Igreja...



Convidada para ajudar num grupo pastoral da paróquia, apenas me disse: "Com todo o gosto. Devo muito à Igreja!"
Não lhe perguntei o quê, mas acredito que o mesmo poderiam e deveriam dizer muitíssimas outras pessoas. A igreja é decerto muito criticada, e às vezes não sem razão, – é composta por homens e mulheres imperfeitos – mas que seria o mundo sem ela?! Criticar é fácil, mas que outra instituição se pode comparar a ela no bem que tem feito.
Corria acesa a campanha eleitoral na Bélgica. Um deputado comunista dirigia a palavra a milhares de operários, em Bruxelas. Depois de ter apregoado a liberdade, criticado o capital, defendido as nacionalizações, elogiado os trabalhadores, exaltado o povo, atacou duma maneira agreste e desenfreada a Igreja Católica.
Acabado o discurso, perguntou se alguém desejava tomar a palavra. Adiantou-se um operário que disse assim:
– Eu não estudei, e não sei responder ao que disse o orador. Conto apenas um caso:
Há meses adoeceram os meus dois filhos. Uma freira vinha com frequência visitá-los, trazendo-lhes sempre alguma ajuda. As crianças curaram-se. Como a doença era contagiosa, a minha mulher caiu de cama, logo a seguir, com o mesmo mal. A Irmã levou as duas crianças porque ninguém em casa podia tratar delas. Tomou também sobre si o cuidado da minha mulher, que finalmente começou a levantar-se. Então caí doente também eu, mas a Irmã vinha sempre visitar-nos, trazia remédios, ajudava a minha mulher na vida da casa e tratava-me com muito jeito e caridade. Por último a Irmã contraiu o mesmo mal e não a tornámos mais a ver. Soube hoje que morreu. Não tenho mais a dizer (Mensageiro do Coração de Jesus, de Itália, 1951, pág. 390).
Facilmente se imagina o ambiente que aquele testemunho causou nos ouvintes. O político teve de enfiar a viola no saco e ir pregar para outra terra.