quinta-feira, maio 29, 2008

Oração na escola

«Deus escreve direito por linhas tortas» diz o povo e tem razão. Andam alguns a lutar contra os sinais religiosos nas escolas e outros lugares públicos. Até mesmo no nosso País o governo socialista mandou retirar os poucos crucifixos que ainda restavam em algumas escolas. Mas não há-de tardar muito que estas tenham de arranjar lugares de oração para quem o queira fazer. Pelo menos é o que se adivinha da notícia que alguns meios de comunicação social publicaram há dias e que resumimos a seguir:
«O Tribunal Administrativo de Berlim reconheceu o direito dos alunos muçulmanos a rezar nas escolas da cidade, às quais aconselhou a criação de salas de oração para aqueles estudantes».
«A sentença do tribunal dá razão a uma denúncia apresentada por um aluno do ensino secundário, de 14 anos, do Instituto de Ensino Médio Diesterweg, no bairro de Wedding de Berlim, que tinha reclamado o direito a orar pelo menos uma vez por dia durante uma pausa ou numa hora livre, de acordo com o jornal alemão ‘Berliner Zeitung’».
«A decisão judicial, para a qual foi interposto um recurso para uma instância superior pelas autoridades educativas da capital alemã, poderá tornar-se vinculativa para todas as escolas de Berlim, bem como de toda a Alemanha».
«O aluno, cuja identidade não foi divulgada, chamou a atenção da escola em Novembro último quando, com outros sete colegas, aproveitou uma pausa no horário para rezar num corredor da escola virado para Meca durante dez minutos».
«Ao tomar conhecimento do facto, a direcção da escola pôs-se imediatamente em contacto com os pais dos alunos, aos quais comunicou que o compromisso de neutralidade do Estado a obrigava a proibir aos alunos a prática da religião na escola.
Os pais do aluno de 14 anos e o próprio aluno apresentaram então uma queixa no Tribunal Administrativo de Berlim, cuja sentença dita que a liberdade de religião inclui também a liberdade da prática desta».
Se a sentença referida for confirmada pela Instância Superior, então não tardará que outros grupos religiosos requeiram os mesmos direitos, que terão de lhes ser concedidos. Na Alemanha e nos outros países da Comunidade Europeia. E lá irá por água abaixo o laicismo que muitos teimam em implantar na Europa. Graças ao temido Islão.

quarta-feira, maio 21, 2008

Que grande diferença!...


Tenho diante de mim duas notícias completamente opostas: «Morreu aos 98 anos Irena Sendler, a heroína polaca que salvou 2500 crianças do Gueto judeu de Varsóvia»; «Pai mata filha de 17 anos que se apaixonou por um soldado inglês».
Qual o crime desta rapariga? Aos nossos olhos, nenhum. O soldado nem sequer lhe tocou, conta uma amiga. «Uma paixão de adolescente que podia até nem ser retribuída» – prossegue a colega. Porém, seu pai, Abdel-Qader Ali, não tem dúvidas: «O mínimo que a filha merecia era morrer». A sua filha apaixonou-se por um dos 1500 soldados britânicos estacionados na cidade iraquiana de Baçorá. A própria polícia iraquiana, que chegou a deter Abdel-Qader umas horas, deu-lhe razão. «Todos sabem que os crimes de honra são impossíveis de evitar», disse o iraquiano, segundo o qual «os agentes ficaram do meu lado o tempo todo a dar-me os parabéns pelo que fizera».
A outra notícia fala da morte de uma senhora de 98 anos, assistente social, que salvou um número enorme de crianças e adolescentes judeus.
Irena Sendler, assim se chamava a mulher, organizou a saída de cerca de 2500 crianças do Gueto de Varsóvia durante a violenta ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial. Ela – que trabalhava como assistente social – e a sua equipa de 20 colaboradores salvaram as crianças entre Outubro de 1940 e Abril de 1943, quando os nazis deitaram fogo ao Gueto, matando os seus ocupantes ou mandando-os para os campos de concentração.Adivinhando já o que iria acontecer, durante dois anos e meio, Irena Sendler conseguiu ludibriar os nazis, conseguindo retirar de maneira clandestina milhares de crianças do gueto, entregando-as a famílias católicas e conventos.
De formação e prática católica, Irena explicava a sua acção humanitária dizendo: «Fui educada na ideia de que é preciso salvar qualquer pessoa, sem ter em conta a sua religião ou notoriedade.»Sendler foi presa em sua casa em 20 de Outubro de 1943. Durante o período em que ficou detida no quartel-general de Gestapo, foi torturada pelos nazis que lhe partiram os pés e as pernas. Ainda assim, não disse nada. Logo depois, foi condenada à morte, mas milagrosamente foi salva, quando a conduziam à execução, por um oficial alemão que a resistência polaca conseguiu corromper. Sendler continuou a sua luta clandestina sob uma nova identidade até ao final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país.
Que grande diferença entre o acima referido muçulmano e seus conterrâneos e esta mulher e sua equipa!

sexta-feira, maio 09, 2008

Tinha tudo para ser uma infeliz


Oprah Gail Winfrey é uma mulher muito conhecida e admirada. É apresentadora de televisão norte-americana, vencedora de múltiplos Prémios Emmy pelo seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk show com maior audiência da história da televisão norte-americana.
Ela é o exemplo perfeito de mulher da nossa época, multi-funcional, sendo também uma influente crítica de livros, uma actriz indicada para um Óscar pelo filme A Cor Púrpura, e editora da revista The Oprah Magazine.
De acordo com a revista Forbes, Oprah foi eleita por três anos seguidos a mulher negra mais rica do século XX e a negra mais filantrópica de todos os tempos. Isto não seria suficiente para a apresentar como mulher modelo, não fora o caso da sua infância e juventude terem sido altamente atribuladas.
Oprah Gail Winfrey nasceu em 1954, em Kosciusko, Mississippi, Estados Unidos. A mãe, uma garota de 18 anos, engravidara casualmente do militar Vernon Winfrey. Tão depressa se recuperou do parto, a jovem abandonou a bebé na porta da casa do amante e sumiu. Oprah foi criada com mãos de ferro pela avó paterna. Aos 3 anos era tão precoce que recitava versinhos na igreja e aprendeu a ler sozinha. Mas apesar de esperta e comunicativa, foi rejeitada por ser obesa e ter uma inteligência acima da média. Excluída, sem mãe nem pai e sem brinquedos nem amigos, ela tinha tudo para ser uma traumatizada. Mas buscou alento nos livros e nos estudos da Bíblia. Farta do jardim de infância, escreveu uma carta pedindo à professora para pular aquela etapa porque "não se sentia à vontade com as colegas da sua idade". Meses depois, a gordinha de pés descalços saltou da pré-escola para a terceira série primária.
"Sou o que sou porque me agarrei aos estudos", revela a dama da TV, que só usou os primeiros sapatos aos 6 anos, quando foi morar com o pai. No entanto, a severidade do militar e a volta repentina da mãe – que apareceu para buscá-la – assustaram a menina, que fugiu de casa e foi morar com uma tia. Lá, com apenas 9 anos, a estrela foi estuprada pelo primo, que passou a molestá-la a partir dali. Aos 14 anos, grávida e sem rumo, aceitou morar com a mãe. Sozinha, mas cheia de esperança, resolveu mudar o rumo de sua vida. Abraçou os estudos e ganhou uma bolsa num colégio particular frequentado por jovens brancos e ricos. Tornou-se popular pelas notas, a simpatia e a determinação. Nessa época, venceu um concurso cujo prémio era visitar uma rádio local. Lá, os directores encantaram-se com a voz dela e abriram-lhe o caminho da fama.

domingo, maio 04, 2008

Em louvor das Mães


Celebramos hoje o Dia da Mãe. Ocasião oportuna para lembrar aquela que nos deu a vida. Pobre ou rica, letrada ou analfabeta, foi a pessoa mais importante para cada um de nós. Se tivemos a dita de a conhecer, concordaremos que ninguém nos amou mais do que ela. Não deixemos passar este dia sem lhe manifestarmos a nossa gratidão. Uma palavra amiga e um beijo, se temos a sorte de a ter a nosso lado. Uma prece de saudade se o Senhor já no-la levou.

A história que para aqui trago tem duas personagens simples e reais: uma filha e uma mãe. A filha estava crescida e a mãe gostava de a ver feliz. Mas a adolescência traz amores e desamores, alegrias e amarguras sombrias. E foi num dia destes que a mãe se lembrou duma coisa que não mais havia de esquecer. A filha fazia anos e a mãe queria que ela fosse feliz. Não seria difícil dar-lhe a alegria de sonhar com a felicidade. Foi a uma florista e combinou com ela fazer-lhe chegar pelos Correios um raminho de botões de rosa. No ramo, apenas a indicação: "Amo-te!".

Claro que a filha tentou descobrir quem lhe enviava tão belo presente. Perguntou numa e noutra florista, mas nenhuma sabia dizer-lhe. Sonhou com um príncipe encantado, quem sabe se com timidez para declarar a sua paixão. Talvez fosse a vizinha, já idosa, a quem muitas vezes ajudava quando vinha com as compras. Talvez fosse alguma amiga... Ninguém lhe soube dizer.
No ano seguinte, no dia do aniversário, lá chegava de novo um belo ramo de flores. Sem remetente, mas com a mesma expressão carinhosa: "Amo-te".

«Há decerto alguém que me quer muito» – pensava. E não se enganava! Mas quem?!...
Nos anos seguintes, na mesma data, o carteiro trazia-lhe uma nova encomenda. E cada vez lhe pareciam mais bonitas as flores e o cartão que as acompanhava.

Até que a mãe morreu e com a sua morte desapareceu a encomenda. Agora é a filha que todos os anos leva à mãe um lindo ramo de flores. Deixa-o na campa da sua querida mãe, mas sabe que ela lá no Céu o recebe com a mesma alegria com que todos os anos presenteava a filha.