quarta-feira, dezembro 24, 2008

Estou em novo blog


A partir de hoje estou em nova casa, embora com o mesmo nome.

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terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Natal para todos!

O Menino escolheu nascer pobre, Ele que tinha tudo. Para nos dizer que os bens materiais não são tudo.
Mas todos precisam de um mínimo para se sentirem pessoas.

Esta é uma quadra de pensar nos outros, sobretudo nos mais pobres.

Aqui na minha paróquia alguma coisa se faz nesse sentido. É uma forma de acolher a mensagem de Jesus.

Bom natal para todos!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Uma carta comovente


De uma leitora identificada, recebemos cópia duma carta que mandou à filha e que muito nos comoveu. Aqui a deixamos para os leitores poderem também saborear:


«Querida filha:Nas vésperas de Natal estou um pouco mais comovida, por me lembrar de ti quando nasceste. Eras pequenina! E linda como o Menino do presépio.Então eu era uma jovem cheia de vida e de sonhos. E tu ajudaste-me a realizá-los.
Porém, agora começo a sentir-me cansada e velha. Peço-te, pois, que tenhas paciência comigo.Se eu durar mais uns anos, é provável que me torne para ti um peso. No dia em que eu não for mais a mesma, tem paciência e compreende-me.
Quando deixar cair comida na toalha ou na minha roupa, desculpa-me. Também tu fazias isso quando eras pequenina.
Se eu repetir as mesmas coisas que já me ouviste vezes sem conta, lembra-te das histórias que eu tive de repetir para adormeceres ou para sossegares.
Se eu alguma vez sujar a minha roupa, por não conseguir controlar as minhas necessidades fisiológicas, não te chateis nem ralhes comigo. Quantas vezes eu tive de te mudar as fraldas e a roupa para andares sempre bem cheirosa e asseada.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho. Os velhos são como as crianças. Insiste comigo que foi o que eu fiz contigo.
Quando achares que eu não sei nada do mundo de hoje, não faças pouco de mim. Compreende-me! Lembra-te que quando eras pequena também te tive de ensinar a andar, a falar, a comer ... e tantas outras coisas.
Se alguma vez eu não quiser comer, insiste comigo mas não te aborreças. Também tu me deste muito trabalho na hora de te alimentar.
Se eu começar a ter dificuldade em andar, não me deixes para aí a um canto. Não te peço que me leves ao colo, mas apoia-me e ajuda-me como eu há anos tive de fazer contigo até conseguires andar sem qualquer dificuldade.
Por último, não leves a mal se alguma vez te disser que preferia morrer. Não é para te acusar de falta de carinho ou por já não gostar de viver contigo. Tu és o que mais amo e mesmo depois de partir continuarei a agradecer a Deus a querida filha que Ele me deu. Só espero que tu sejas tão feliz com os teus filhos como eu sou contigo. Mas sabes, a vida de dependência que tenho de levar é muito difícil. E às vezes desanimo.
Que Deus me ajude!Tua mãe que nunca te esquece. Ana»

terça-feira, dezembro 16, 2008

O exemplo de um médico

Joaquim Isabelinha, médico oftalmologista de Santarém, completou um século de vida na última sexta-feira, dia 5 de Dezembro, e acaba de ser homenageado, durante um almoço, por centenas de amigos. E ainda há quatro anos atendia pessoas no seu consultório, juntamente com o filho.
O médico ainda recorda pormenores de sua vida de estudante e de jogador da Académica. Gosta muito de História, daquela que "revela a presença de Portugal no mundo", e de livros religiosos. "Já li muitas vezes o livro dos pastorinhos e quando acabo de ler até dou um beijinho", conta.
"Gosto muito de ajudar e até deixei de sair, de fazer viagens e coisas assim para ter dinheiro para dar", conta sorrindo, lembrando que "apesar das pernas não estarem muito bem" ainda vai à igreja e dá as suas esmolas.
Com a ajuda de um pequeno "andarilho", Joaquim Isabelinha continua a sair de casa. "Vou ali ao Tico-tico e às vezes pago uns almoços aos pobres". Para além disso gosta de andar com rebuçados no bolso para dar às crianças, tantas vezes netos ou filhos dos que ajudou. Não é por acaso que é conhecido por mé dico dos pobres.
Viúvo, com um filho também oftalmologista, três netos, dois dos quais a estudar medicina – e uma bisneta que "é um encanto" – o médico reformado gosta de conversar e não esquece pormenores de uma vida "de trabalho", mas também animada pelos muitos amigos que foi tendo.A sua longevidade, assegura, deve-se ao facto de "nunca ter perdido noites".
Enaltece as duas senhoras que tomam conta dele, uma há 18 e outra há mais de 24 anos, e diz que ultimamente até o ensinaram a cantar. E é com lágrimas nos olhos que recorda Filipe dos Santos, seu colega de curso e "um grande médico". Nasceu em Cabo Verde e veio para Portugal estudar. "Tinha impressão desagradável das pessoas e pensava que seria mal recebido por causa da cor. Afinal foi o contrário", conta o médico, recordando que tal como ele, Filipe dos Santos também foi jogador da Académica, e quando "passava pela rua, vinham todos abraçá-lo".São pessoas como este médico que nos ajudam a acreditar no futuro da humanidade.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Como consertar o nosso mundo?

As pessoas andam atemorizadas e não sem razão. Os meios de comunicação estão cheios de notícias de assaltos e mortes. Muitos dos nossos concidadãos parece que só se preocupam em satisfazer os seus piores instintos.
Muitas famílias estão destruídas, as leis parece defenderem os marginais e não há quem nos acuda. Nem as famílias nem a escola consegue cumprir a sua missão.
Como é que se consegue consertar um mundo assim?
A história que segue pode ajudar-nos a encontrar a solução.
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de minorá-los. Passava dias e dias fechado no seu laboratório em busca de respostas para todas as suas dúvidas.Certo dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu “santuário” decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista bem pediu ao filho para ir brincar para outro lado. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse dar ao seu filho que o pudesse distrair para que ele não fosse incomodado.
Numa revista encontrou um mapa do mundo! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, juntamente com um rolo de fita adesiva, entregou-o ao filho dizendo:
– Tu gostas de puzzles? Então vou te dar este com o mundo para resolveres. Aqui está o mundo todo partido. Vê se consegues consertá-lo bem direitinho!
Calculou que a criança não conseguiria. Algum tempo depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
– Pai, pai, já fiz tudo.Relutante, o cientista levantou os olhos das suas anotações, certo de que o puzlle não estava acabado. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Uma criança… impossível!– Filho, tu não sabias como era o mundo… Como conseguiste?
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando o pai tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando o pai me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o Mundo.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Pai, podias vender-me uma hora do teu tempo?


Se não é verdadeira, pelo menos podia ser. E então nos nossos tempos é muito significativa esta história que a seguir reproduzo:


Uma criança perguntou timidamente ao pai quando este regressava do trabalho:
— Pai, quanto é que ganhas por hora?
O pai, friamente, respondeu:
— Para que queres tu saber? São dez euros por hora.
— Então, pai, poderias emprestar-me três euros?
— Ah! É por isso que queres saber quando ganho por hora?! Vai para a cama e não me aborreças mais!
Daí a bocado, o pai começou a pensar no que tinha acontecido e sentiu-se culpado. Talvez o filho necessite de comprar algo. Entrou no quarto e perguntou-lhe baixinho:
— Filho, já estás a dormir?
— Não, pai.
— Olha, aqui tens os três euros que me pediste.
— Muito obrigado, pai. Depois a criança levantou-se, foi buscar os sete euros do mealheiro e disse ao pai:
— Agora já tenho dez euros! Pai, podias vender-me uma hora do teu tempo?

Hoje os pais têm pouco tempo para estarem com os filhos. E isso vai prejudicar a sua relação no futuro. A começar pelo menos na adolescência. Há filhos que não contam nada aos pais. Nem mesmo as coisas que os afligem ou magoam. Não há comunicação. E isso em muitos casos é fatal. A marginalidade, as relações amorosas antes do tempo, o álcool e a droga têm origem nessa falta de diálogo e comunicação.Se é pai ou mãe esteja atento. Os pais dão muitas coisas aos filhos. Mas o que eles mais necessitam é que lhes dêem tempo para os escutarem.