sexta-feira, janeiro 13, 2006

Ricos e pobres

Como mudar isto?!

Anda meio mundo a passar privações e muitos até fome porque o país está em crise. Mas leio que o sector bancário registou resultados líquidos de 883 milhões de euros no primeiro semestre de 2005, dados da própria Associação Portuguesa de Bancos. O sec­tor empregou 41.273 colaboradores neste período, o que representa uma redução de 800 colaboradores face ao perí­odo homólogo. Porém, o número de balcões aumentou para 4061 (mais 96 balcões). O resultado bruto de exploração si­tuou-se em 1,547 mil milhões de euros e o produto bancário atingiu os 3,53 mil milhões. Esta é a notícia, o facto, tal como veio na comunicação social.
Quer dizer: a crise atinge apenas alguns. E como sempre, os mais pequenos. Esse lucro fica­rá concentrado na mão de menos pessoas, e por isso vão ficando mais ricas, do que se fosse distribuído por mais trabalhado­res. É deste modo que o número de ricos é cada vez menos, mas os que o são estão cada vez mais ricos; e o número de pobres é cada vez mais, e os que o são, estão cada vez mais pobres.
Dizem as estatísticas que de entre os 5,7 biliões de pes­soas do mundo, 1,5 biliões são consideradas muito pobres. Cerca de 1,3 milhões de seres humanos, sobrevive apenas com um dólar por dia e 3 biliões sobrevive com pouco mais de 2 dólares por dia. Mais de 40.000 crianças morrem por dia vítimas de desnutrição. Se do Mundo passarmos à Europa, ela conta com mais de 68 milhões de pobres, sendo de 15 milhões o número de desempregados. Em Portugal há cerca de dois milhões de pobres (20% da população) e cerca de 500 mil desempregados.
É preciso mudar isto mas como?!

17 comentários:

Em contra-corrente disse...

Este é talvez o maior problema que o mundo enfrenta. Não tardará que a procura de alimento e condições humanas de vida se transforme em invasão ao mundo rico. Regressarão as hordas de esfomeados e com elas as lutas sucessivas.E a Europa irá sofrer muito com isso.
A não ser que as coisas mudem para uma ajuda maior aos famintos e deserdados do mundo.

Anónimo disse...

A pobreza está a atingir tais proporções que pôe em causa a paz e a segurança das pessoas.
Há que estar atento e não deixar que este problema se agrave.

PDivulg disse...

Boa questão também vi esse artigo e guardei-o para o publicar, realmente é escandaloso, e existe muitos sinais nesse sentido, por exemplo na venda de automóveis, que hoje é um bem impressindível, os carros de luxos nunca venderam como em 2005, e as outras marcas caíram a pique. O que é triste é que não há político que mude esta situação, todos aquando as campanhas visitam os pobres mas assim que se apanham na cadeira do poder esquecem-se... O dinheiro tapa-lhes os olhos, até quando?... Existe riqueza para que todos vivam bem no entanto está toda concentrada em poucos que se se querem ocultar por detrás de chamadas anónimas , mas todos comem do mesmo caldeirão de corrupção!

Vítor Mácula disse...

Caro Ver para crer e restantes.

Pois, o problema é evidentemente sistémico. Trata-se do próprio sistema mercantil da mais-valia idolatrado, quando este se auto-valida nas suas próprias acções e representações, alienando em seu poder os seus fieis serviçais, assim como o habitat, como por exemplo a famigerada selva da amazónia e o ar que respiramos etc. Os mais pobres, países e pessoas, não são uma consequência natural, mas sim cultural e política, que radica na organização de determinadas forças locais e mundiais.

Aconselha-se, sem evidentemente implicar que esteja conivente com o acima dito por este maculado comentador, a ler um post do Timshel, "Neoconices".

Abraços.

Henrique Santos disse...

Um texto que nos faz pensar sobre o que é de facto o socialismo que nos governou (vidé constituição) desde 25 de Abril de 1974. Tanto tempo e tanto fracasso!
Vou copiar este texto, com a devida vénia e utilizá-lo em páginas da net, de gente proveniente de Moçambique.
Obrigada, um abraço grande,
Henrique Santos

Anónimo disse...

oi...sempre haverá ricos e pobres,a unica coisa que se pode fazer é os ricos ajudarem os pobres.mas haverá sempre o chefe e akele que trabalha em empregos mais miseraveis pk os seus pais não lhe deram a escola.xau,jokas grandes**

Anónimo disse...

Sem comentários , quem se admira que o 25 de Abril foi feito para isso mesmo , é fartar a encher os bolsos de alguns .

Marlene Maravilha disse...

Sim, o mundo está cheio de fome e de tristezas! Temos visto e ouvido.
E o homem cada dia pior de caráter e com o coração mais duro.
Estamos nos finais dos tempos, disso não há dúvida. Só nos resta orar porque o pouco que possamos fazer, e devemos, é nada na imensidão do universo.
Estava a passear no teu blog.
Um bom dia e abraços do Brasil.

Ver para crer disse...

Caro Emanuel:

Para mim religião é tudo o que me liga a Deus. Uma ajuda a alguém que precisa já me liga a Deus e por isso é um acto religioso. O rezar, ir à Missa, etc., também.
O problema pode por-se assim: mas Deus existe.
Quanto a isso não tenho qualquer dúvida. Tal e qual como, se existe um relógio, alguém o construiu, assim alguém fez o universo.

O respeitado perito em foguetões espaciais, Dr. Wernher von Braun, declarou que: "As leis naturais do universo são tão precisas que não temos dificuldade em construir uma nave para voar à lua, e podemos cronometrar o vôo com a precisão de uma fracção de segundo. Estas leis devem ter sido estabelecidas por alguém."

Os cientistas estudando o mundo físico, das microscópicas partículas subatómicas às vastas galáxias, descobriram que todos os fenómenos naturais conhecidos parecem seguir certas leis básicas. Noutras palavras, eles constataram que existe uma lógica e ordem em tudo o que ocorre no universo.
O famoso professor de física, Paul Davies, escreveu na revista New Scientist: "Poucos são os cientistas que não se impressionam com a quase inconcebível simplicidade e elegância dessas leis."

O que mais chama a atenção em relação a estas leis físicas, é que há nelas certos factores cujos valores têm de ser fixados com precisão, para que, o universo tal como conhecemos exista. Entre estes factores fundamentais, está a unidade de carga eléctrica sobre o protão, as massas de certas partículas fundamentais e a constante universal da gravitação, de Newton, comumente referida pela letra G.

Isto mostra claramente que o universo é um projecto concebido por uma inteligência muito superior à nossa. Mostra a existência de um Criador, que está acima de toda a sua criação, tendo sob Suas mãos todo o governo do Universo.

Para mim isto é claro!

Caros Amigos disse...

Emanuel
A Igreja celebra hoje S. Sebastião, um oficial militar romano do século terceiro, que foi morto por ser cristão.
Achas que ele seria o que foi, no caso de não ser homem com Fé inabalável em Deus?!

Anónimo disse...

Que a crise só atinge alguns não é uam novidade para mim... o que está a acontecer é um aumentodo desfasamento...ou seja, cada vez masi os pobres sao mais pobres e os ricos sao cada vez mais ricos...
beijos na tua soul***

Emanuel disse...

Primeiro respondo ao autor deste blog.

Também lhe respondo no meu blog, mas também aqui, como fez.

A ciência, na sua fase inicial, sempre precisou da religião para explicar o que não conseguia por si própria. Dou um exemplo: antigamente, muitos dos doentes mentais eram considerados como estando possuídos por demónios, porque não se conseguia explicar a razão dos espasmos que tinham e das alucinações que sofriam. Entretanto, descobriu-se, por exemplo, a esquizófrenia ou a epilepsia.
O que eu quero dizer é que a ciência acabou por explicar algumas das situações que outrora eram mistifícadas pelas pessoas. E, da mesma maneira, a ciência acabaria por explicar o resto dos "fenómenos" que ocorrem no mundo, no universo. Só não consegue explicar porque é limitada, e, como todos os seres humanos, tem conhecimentos e meios limitados.
Assim como se diz que a fé pressupõe que não se pode explicar tudo, porque é que se utiliza o facto de a ciência não conseguir explicar tudo para apontar a existência de Deus?

Que fique bem claro que eu não pretendo ofender ninguém. Nem sequer quero começar uma discussão. Simplesmente achei que devia dar uma resposta ao comentário, a seu jeito, valioso, do "Ver para crer".

Um abraço

Em contra-corrente disse...

Se calhar há pior distribuição dos bens que deviam chegar a todos porque nos países ricos reina o egoísmo com todos os seus derivados.
E qual a causa de tanto egoísmo?
Penso que a falta de Fé e Religião nas pessoas faz com que elas percam a solidariedade que havia noutros tempos. Havia menos recursos mas melhor partilha.
Talvez aqui esteja o proincipal valor da Religião, caro Emanuel!
Bjs

Anónimo disse...

Pois! Pois!...
Estamos num mundo cão!!!

Confessionário disse...

Pois é uma pergunta a que não sei responder. Tb gostava!!! Entretanto vou pensando que se pode ser feliz sem dinheiro!

Sonhadora disse...

Excelente artigo!
Esta questão dá má distribuição do dinheiro sempre existiu e, infelizmente, sempre irá existir. Sempre houve exploradores e explorados porque o ser humano continua a valorizar mais o dinheiro do que o próximo. Penso que nunca haverá resposta para este problema e Humanidade irá ser vítima do seu próprio egoísmo. O fluxo de emigrantes, os problemas sociais e raciais que estão cada vez mais actuais, existem porque o mundo civilizado continua a desprezar a miséria e sofrimento do resto do Mundo, e até nos seus próprios países. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, iremos ser julgados(uns com mais responsabilidades que outros), por Deus ou pela própria Humanidade, por esta passividade.

Jorge Oliveira disse...

Será possível mudar isso?
"Bem-aventurados os pobres..."