
Desde então tem sido o cientista que mais rastreou genes com vista ao tratamento de doenças em todo o mundo.
Collins é conhecido também por pertencer a um grupo de notáveis cientistas cujo compromisso com a investigação do mundo natural não impede a profissão da fé religiosa.
Nas 300 páginas da obra o biólogo conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão aos 27 anos e afirma que as pessoas precisam tanto da ciência como da religião. Elas não são incompatíveis, mas complementares, explica o cientista.
Houve um período em minha vida em que era conveniente não acreditar em Deus. Eu era jovem, e a física, a química, a matemática, pareciam ter todas as respostas para os mistérios da vida. Reduzir tudo a equações era uma forma de exercer total controle sobre meu mundo. Percebi que a ciência não substitui a religião quando ingressei na escola de medicina. Vi pessoas sofrendo de males terríveis. Uma delas depois de me contar sobre sua fé e como conseguia forças para superar a doença, perguntou-me em que eu acreditava. Disse-lhe que não acreditava em nada. Pareceu-me uma resposta vaga, uma frase feita de um cientista, ingénuo, que se achava capaz de tirar conclusões sobre um assunto tão profundo e negar a evidência de que existe algo maior do que equações. Eu tinha 27 anos. Não passava de um rapaz insolente. Estava negando a possibilidade de haver algo capaz de explicar questões para as quais nunca encontramos respostas, mas que movem o mundo e fazem as pessoas superar desafios.
A alguém que lhe perguntou se é possível acreditar nas teorias evolucionistas de Darwin e em Deus ao mesmo tempo, ele respondeu:
– Com certeza. Se no começo dos tempos Deus escolheu usar o mecanismo da evolução para criar a diversidade de vida que existe no planeta para produzir criaturas que à sua imagem tenham livre arbítrio, alma e capacidade de discernir entre o bem e o mal, quem somos nós para dizer que ele não deveria ter criado o mundo dessa forma.
E declarou a sua opinião sobre se os biólogos estão brincando como se fossem eles Deus?
– O importante é não reagir de forma exagerada à perspectiva de que as pessoas possam vir a fazer mau uso das descobertas da genética mas sim focar o bom lado dessa brincadeira. A maior parte das pesquisas genéticas buscam a cura de doenças como o cancro, problemas cardíacos, esquizofrenia. São objectivos louváveis. Para evitar o uso impróprio da ciência, o Projecto Genoma Humano, apoia um programa que visa preservar a ética nas pesquisas genéticas e certificar-se de que todas as nossas descobertas beneficiarão as pessoas e a sociedade.
8 comentários:
Albert Einstein disse algo parecido:
"A ciência sem religião é coxa. A religião sem ciência é cega".
muito interessante! Já havia ouvido falar dele. Ótimo post!
Interessante!
Gostei imensamente!! Deus usa mesmo as coisas loucas do mundo para confundir as sábias, e o trabalho da salvacao vai sendo feito!
abracos
Aqui está uma boa sugestão para se acabar com a ideia de que ciência e religião estão em pólos completamente afastados...
beijos em Cristo e Maria
Caríssimo P.e Ventura,
Vais continuando a "semear". Força porque é muito importante este trabalho. Se me permites eu vou também publicar o teu artigo no meu blog. Parabens. P.e Martins
Muito bom, também o papa João Paulo II dizia isso em sua carta "Fides et Ratio"... Parabéns pelo post!
Cainan
Com a devida permissão, vou utilizar este livro e post nos debates muito frequentes na net sobre a ICAR "retrógrada"!!!
Entretanto, não esqqueçamos os mais de 500 Cristãos indianos assassinados, 15 mil feridos e 50 mil desalojados.
Porquê a Igreja em Portugal (incluindo a R.R.) não se refere a estes crimes, visto que a comunicação social é o sectarismo que sabemos?
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