
Por aqui se vê que não é fácil educar nos tempos que correm. E acusações que por vezes se fazem às instituições de acolhimento de gente nova a maior parte das vezes não têm qualquer fundamento.
Actualmente até os pais têm dificuldades em lidar com os filhos. Daí o crescente fenómeno de famílias em que os pais são maltratados pelos filhos. Este foi mesmo o tema central de um encontro que se realizou nos passados dias 27 e 28 de Novembro, no Porto, com a participação de especialistas portugueses e estrangeiros.
"No futuro, o grande desafio para pais e educadores será encontrar um equilíbrio entre a difícil tarefa de educar e os limites que o amor impõe", salientou hoje, à Lusa, uma fonte ligada à organização do encontro. A iniciativa, promovida pela Crescer-Ser - Associação Portuguesa para os Direitos dos Menores e da Família, surge numa altura em que "começa a ter uma expressão preocupante em Portugal o fenómeno das famílias maltratadas pelos filhos".
O primeiro provedor de menores em Espanha, Javier Urra, foi um dos participantes neste encontro, onde abordou o problema da comunicação entre pais e filhos, numa análise da difícil relação entre jovens e adultos. Javier Urra, psicólogo forense, é o autor do livro 'O Pequeno Ditador', onde defende que os limites e as regras são fundamentais na educação das crianças.
O livro, que já vendeu mais de 180 mil exemplares em Espanha e cerca de 20 mil em Portugal, pretende ajudar os pais a evitar que os filhos se transformem em pequenos ditadores, segundo admitiu o autor em declarações públicas.
Claro que a culpa não é só das crianças e dos pais. O ritmo frenético de vida que levamos actualmente, com diversas atribuições a serem cumpridas e uma profusão enorme de informações absorvidas até mesmo involuntariamente, não afecta apenas os adultos, esses seres ansiosos e estressados. As crianças também estão cada vez mais no alvo maléfico desse turbilhão, com consequências nefastas aos pequenos.
4 comentários:
As crianças de hoje não melhores nem piores que as de ontem.
Falta-lhes é mais carinho e diálogo com os pais.
Concordo que o carinho e amor dos pais nos dias de hoje tem diminuído. Além disso, o rítimo de trabalho aumentou e ainda temos outros meios que nos tiram a atenção das crianças - TV, Internet, jornais, revistas... e as crianças acabam ficando para segundo plano...
Falta, principalmente a oração, a criação num meio religioso. As crianças precisam crescer na Igreja, ouvindo as coisas de Deus... muitas hoje são "doutrinadas" pela TV.
Crianças também sofrem.
Sobretudo a ausência dos pais.
As crianças não têm culpa. Os educadores - pais, sociedade e outros que cuidam das crianças - é que não dão bons exemplos.
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