
Acabo de ler o livro de Zita Seabra "Foi assim", em que esta senhora apresenta as razões porque deixou a ideologia comunista e foi expulsa do Partido Comunista Português. O seu testemunho sobre os crimes do comunismo soviético é arrepiante. A "perestroika", movimento geral de desestalinização adoptado a partir da ascensão de Gorbatchov a secretário geral do Partido Comunista da União Soviética (11 de Março de 1985), pôs a nu os milhões de mortes que tal ideologia havia perpetrado.
«Pela primeira vez pus em dúvida o verdadeiro sentido do conceito de superioridade moral dos comunistas, – escreve a autora – ao constatar que as vítimas do comunismo são vítimas iguais às do nazismo. O terror revolucionário, com raízes no terror jacobino, abriu caminho a um dos maiores dramas a que assistimos no século xx, o comunismo. Só quando percebi que aquelas vítimas, aqueles milhões de mortos não podiam ser separados da essência do regime comunista, só nesse momento me libertei do comunismo.»
Muitas pessoas pensam que não precisam de Deus. Mas uma sociedade sem Deus coloca em risco o próprio homem. Facilmente se converte numa sociedade contra os mais fracos, onde prevalece o poder do mais forte.