quarta-feira, janeiro 31, 2007

Aborto e doutrina cristã de sempre


O primeiro catecismo cristão ensina entre outras coisas: «não matarás uma criança com o aborto, não matarás uma criança que tenha já nascido".

Por sua vez a Carta a Diogneto escreve:
«Os cristãos não se distinguem dos outros homens nem pela pátria, nem pela língua, nem por um género de vida especial. Efectivamente, eles não têm cidades próprias, não usam uma linguagem peculiar e a sua vida nada tem de excêntrico. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apoiam, como outros, em qualquer teoria simplesmente humana».
«Vivem em cidades gregas ou bárbaras, segundo as circunstâncias de cada um e seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas a sua maneira de viver é sempre admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Cada qual habita a sua pátria, mas vivem todos como de passagem; em tudo participam como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Toda a terra estrangeira é sua pátria e toda a pátria lhes é estrangeira. Casam-se como toda a gente e criam os seus filhos, mas não se desfazem dos recém-gerados».

Por sua vez, Atenágoras de Atenas escreve: «Nós nem sequer suportamos ver uma pessoa a ser morta porque pensamos que o ver morrer se aproxima muito do próprio acto de matar. E também afirmamos que os que praticam o aborto irão prestar contas a Deus desse acto».

É de notar que todos estes três textos referidos são do século II depois de Cristo e todos concordam numa coisa: o aborto é um acto desumano e anti-cistão.

No nosso país quase toda a gente se diz cristã. Será que querem com o seu voto contribuir para tornar livre tal acto pelo menos até às dez semanas? Não será melhor dizer não e obrigar os políticos a fazer leis que apoiem as mulheres sem condições de criar os seus filhos?

5 comentários:

PDivulg disse...

Parece-me que os ditos Cristãos apenas o querem ser em determinadas partes da doutrina, pois noutras não... Ser Cristão é ter regras, e claro que ser Cristão não é fácil e faz-se de exigências...
Hoje vive-se de liberdade e toda a regra é vista como opressão, o caminho de Jesus nunca foi o mais fácil...

Anónimo disse...

No nosso país quase todos se dizem cristãos. Desses, alguns só o dizem quando necessitam dos serviços do seu paróco, os outros nem sabem o que significa ser cristão...mas na verdade, a grande maioria não o é. Doutrina cristã não faz de alguém um cristão.

Confessionário disse...

Hoje no DN aparece um notícia no mínimo curiosa: "Católicos defendem despenalização do aborto" (é mais ou menso assim) e depois aparecem os ditos "católicos" (uiui) como testemunhos do seu voto; uma delas nem sequer é baptizada segundo o jornalista... Enfim. Para mim isto não é uma questão religiosa. É uma questão supra-religiosa. Mas se os católicos que vão votar Não são proselitistas fanáticos e não deviam fazer campanha, os ditos "católicos" do SIm são notícia... bahh.
Há dias no blogue de um movimento cívico, o guard'a Vida, li um texto de uma jornalista manifestando aquilo que está por detrás de muitas das notícias...
enfim...

Maria João disse...

Há muita gente a dizer-se cristão, daí a serem-no...

J disse...

Ver para Crer,

Na minha opinião, o ideal seria dar condições para que as mulheres possam ter filhos e não dar-lhes condições para não os terem.

Um grande beijinho em Cristo