terça-feira, setembro 27, 2005

Ainda o aborto

A cegueira de quem não quer ver


Para fazer o referendo sobre o aborto, mudam-se os prazos da Constituição, distorce-se a ordem das legislaturas e atropela-se o mais elementar bom senso. Mas o que todas estas coisas pretendem esconder, aquilo que tem de ser ocultado pela retórica, é que ali está uma criança, que vai ser morta antes mesmo de poder respirar…
Leia no Diário de Notícias o artigo do professor universitário João César das Neves


4 comentários:

Anónimo disse...

Em tempos recuados só algumas pessoas (poucas!) tinham direitos. Os homens podiam fazer das suas mulheres ou filhos o que quisessem.
Agora alguns lutam pelo regresso ao passado. E dizem-se progressistas!
Quanto ao aborto, pensava-se que o respeito pela vida humana iria imperar nos povos ditos civilizados. Mas o que impera é a sede de dinheiro e de bem-estar!
Joana Afonso

Anónimo disse...

Unir esforços pela defesa da vida

A questão do aborto volta a estar na ordem do dia. Diria mais, ela nunca deixou de estar na ordem do dia, pois há pessoas e organizações que nada mais fazem ou querem fazer do que trazer ciclicamente este assunto à praça pública. Fala-se de um referendo em 27 de Novembro, e é caso para pensar e dizer bem alto: não existem problemas de maior monta na sociedade portuguesa? Não existem causas maiores por que se deva lutar e gastar forças?
Muitos dirão logo: “trata-se de um fundamentalista”. Mas eu respondo: “não, não se trata de um fundamentalista, trata-se de uma pessoa que ama a vida e a defende como um direito universal e sem o qual nada mais tem sentido”.
Certo é que, sempre que não há mais nada com que distrair o povo, se começa a falar desta questão, de forma a desviar a atenção dos eleitores para outro lado. Até lhe tentam mudar o nome para IVG – Interrupção voluntária da gravidez.
Lamentável é haver organizações políticas neste país que só se preocupam com esta questão, como se não houvesse meio milhão de desempregados, dois milhões de portugueses a viver no limiar da pobreza ou na pobreza extrema, para já não falar das intermináveis listas de espera em que se encontram milhares de cidadãos à espera de uma cirurgia vital para a sua sobrevivência ou qualidade de vida.
No panorama político temos as mais díspares posições: o BE defende a liberalização do aborto, a CDU também mas através da sua legislação através do Parlamento, o PS e o PSD o referendo, o CDS a defesa da vida. As posições variam desde a mais cerrada luta, como pôr em causa a autoridade dos tribunais com manifestações orquestradas, até à posição pilatiana (de Pilatos) de lavar as mãos sobre o assunto.
Muitos querem fazer deste tema um assunto religioso. Mas, por mais que queiram, ele não é, somente, um assunto da esfera particular e religiosa. É uma questão de cultura e de entendimento sobre o que é a vida humana. Será que a vida se referenda? Será que a vida é uma coisa sobre a qual se decide?
Agora é o aborto, amanhã a eutanásia e práticas eugénicas, depois... só Deus o saberá.
Os cidadãos esclarecidos, humanistas, cristãos e outros crentes e defensores da vida devem unir esforços pela defesa da vida. Portugal foi dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte (e com muito orgulho), não sejamos agora dos primeiros a permitir o assassínio dos inocentes no ventre da sua mãe a qualquer preço. A vida é o único valor pelo qual vale a pena lutar, pois ele é o único sem o qual nada mais existe.

SÉRGIO CARVALHO

Jorge Oliveira disse...

Sou pela Vida!
Abraços!

Paula disse...

Pois é, morre a criança sem ter hipótese de saber o que é a vida cá fora...