domingo, maio 04, 2008

Em louvor das Mães


Celebramos hoje o Dia da Mãe. Ocasião oportuna para lembrar aquela que nos deu a vida. Pobre ou rica, letrada ou analfabeta, foi a pessoa mais importante para cada um de nós. Se tivemos a dita de a conhecer, concordaremos que ninguém nos amou mais do que ela. Não deixemos passar este dia sem lhe manifestarmos a nossa gratidão. Uma palavra amiga e um beijo, se temos a sorte de a ter a nosso lado. Uma prece de saudade se o Senhor já no-la levou.

A história que para aqui trago tem duas personagens simples e reais: uma filha e uma mãe. A filha estava crescida e a mãe gostava de a ver feliz. Mas a adolescência traz amores e desamores, alegrias e amarguras sombrias. E foi num dia destes que a mãe se lembrou duma coisa que não mais havia de esquecer. A filha fazia anos e a mãe queria que ela fosse feliz. Não seria difícil dar-lhe a alegria de sonhar com a felicidade. Foi a uma florista e combinou com ela fazer-lhe chegar pelos Correios um raminho de botões de rosa. No ramo, apenas a indicação: "Amo-te!".

Claro que a filha tentou descobrir quem lhe enviava tão belo presente. Perguntou numa e noutra florista, mas nenhuma sabia dizer-lhe. Sonhou com um príncipe encantado, quem sabe se com timidez para declarar a sua paixão. Talvez fosse a vizinha, já idosa, a quem muitas vezes ajudava quando vinha com as compras. Talvez fosse alguma amiga... Ninguém lhe soube dizer.
No ano seguinte, no dia do aniversário, lá chegava de novo um belo ramo de flores. Sem remetente, mas com a mesma expressão carinhosa: "Amo-te".

«Há decerto alguém que me quer muito» – pensava. E não se enganava! Mas quem?!...
Nos anos seguintes, na mesma data, o carteiro trazia-lhe uma nova encomenda. E cada vez lhe pareciam mais bonitas as flores e o cartão que as acompanhava.

Até que a mãe morreu e com a sua morte desapareceu a encomenda. Agora é a filha que todos os anos leva à mãe um lindo ramo de flores. Deixa-o na campa da sua querida mãe, mas sabe que ela lá no Céu o recebe com a mesma alegria com que todos os anos presenteava a filha.

6 comentários:

Em contra-corrente disse...

As mães merecem tudo.

Possato Jr. disse...

Que história maravilhosa!!!

Essa eu vou guardar... Se vou!!!

Olha... Além dos peregrinos, estou escrevendo também em outro blog! Se quiseres dar uma olhada:

brasilfranciscano. blogspot. com

Paz & Bem!!!

Zé Luiz.

Possato Jr. disse...

Ah...

Fiquei tão emocionado que esqueci de falar...

Aqui no Brasil comemoramos no 2º domingo de maio!

Paz & Bem!!!

Zé Luiz.

Maria João disse...

Muito bonito!


beijos em Cristo e Maria

Anónimo disse...

Quando vejo e ouço louvores às mães logo me vem uma certa amargura.
A minha faleceu quando eu era bebé.
Não me lembro da sua cara mas julgo que era a mulher mais bonita do mundo. Pelo menos por dentro. Pois tenho uma saudade imensa dela, o que me leva por vezes a querer morrer para ir ter com ela.
Chamava-se Celeste e talvez opor isso o seu lugar não era na terra mas no Céu.
Tenho a certeza que ela também espera por mim.
Cláudia Chaves Martins - Algarve

antonio disse...

Uma bela história e um tributo a todas as mães...