sexta-feira, setembro 14, 2007

Seria eu capaz do mesmo?


A polícia chinesa deteve pela 11.ª vez em três anos Jia Zhiguo, bispo da diocese de Zhengding, na província de Hebei, noticia um grupo de direitos religiosos, que diz desconhecer as razões que levaram à detenção e o local onde o bispo está preso.
A mesma organização adianta em comunicado que Jia, que no total já cumpriu 20 anos de prisão e esteve cinco dias sob apertada vigilância policial.
A anterior detenção de Jia verificou-se há dois meses, dias antes do Papa Bento XVI enviar uma carta aos cerca de dez millhões de chineses que, de forma clandestina, seguem o catolicismo no país asiático, celebrando e catequizando em casas particulares.
Nessa altura, as autoridades religiosas da China advertiram Jia de que não devia manifestar apoio público à missiva de Bento XVI.

Muitos têm sido os católicos que têm sofrido corajosamente perseguições de toda a ordem e por vezes a morte, mas que se mantiveram firmes na fé. E isto não só na China mas em muitos outros países.
É conhecida a proibição de um muçulmano se converter a outra religião, sob pena de ser mesmo condenado à morte. No entanto, volta e meia aparecem pessoas que afrontam a lei e se sujeitam ao pior. E tudo isto por amor a Cristo.
Seríamos nós capazes do mesmo?

Corre na internet uma "história" que talvez nunca se tenha passado. Diz o seguinte:
"Num domingo de manhã durante o culto religioso com uma igreja cheia, apareceram dois homens mascarados, vestidos de preto da cabeça aos pés e armados com armas automáticas.
Adiantando-se um dos homens disse:
– Aquele que estiver disposto a morrer por amor a Jesus Cristo fique onde está.
Imediatamente todos aqueles que estavam a cantar no coro fugiram. Os acólitos desapareceram e a maioria dos fiéis daquela Igreja saíram também. Das centenas de pessoas que estavam na igreja, ficaram muito poucos. O homem que falou tirou a máscara e o capuz, olhou fixamente o celebrante e disse:
– Okey, agora que já só cá estão pessoas de Fé, pode celebrar a Missa. Desejo-vos um bom dia."

Se acontecesse na minha igreja um caso idêntico, que atitude tomaria eu?

18 comentários:

Maria João disse...

Boa pergunta. É nestas horas que vemos como é a nossa Fé...

beijos em Cristo

Anónimo disse...

São exemplos destes que nos hão-de ajudar nas nossas dúvidas e desalentos.

Elsa Sequeira disse...

Pois é ...situação dificil...
Vem ver o que aconteceu em Portugal, no DIA GLOBAL DE ACÇÃO POR DARFUR...

bjs

joaquim disse...

Começando pelo fim, pela história:
às vezes não é preciso ameaçar a vida, basta uma conversa num ambiente adverso para muitos de nós, cristãos católicos, nos calarmos e não darmos a conhecer a fé que afirmamos viver...

Quanto aquilo que se passa na China, na India, etc, em relação á liberdade religiosa e liberdades humanas é muito triste verificar a hipocrisia da politica, que em nome da "economia" tudo permite, apesar dos discursos inflamados sobre a protecção dessas mesmas liberdades...

Abraço amigo em Cristo

Anónimo disse...

"pernas para vos quero?" - perguntariam as minhas a si mesmas, mas acredito que a minha alma se questionasse de igual forma e se deixasse ficar.

Afinal, passo a vida inteira a rezar por isso.

Abraço!

antonio disse...

Pelos vistos estivemos juntos este fim-de-semana, ou pelo menos na mesma jornada. Aí tivemos a oportunidade de escutar testemunhos de quem parte em missão.

Se eu não consigo o desapego material para partir em missão, como reagiria numa situação como a descrita?

Caros Amigos disse...

É de facto uma mulher de grande fé. Se não, onde iria buscar forças para dedicar toda a sua vida aos outros?

Rui Santiago cssr disse...

a história...

pela lei das probabilidades, duvido que no fim o padre fosse um dos que ainda lá se mantinham no fim...

cheira-me, eheheh...

Anónimo disse...

As pessoas que fugiram sentiram-se justamente aterrorizadas, portanto justamente procuraram livrar-se desse terrorismo (e note-se que a casa de Deus não é um lugar apropriado para comportamentos tão perversos como o desses homens, daí que por isso mesmo não seja um lugar apropriado para aterrorizados). As pessoas que ficaram não se sentiram aterrorizadas: sabendo por que estavam, assim mesmo ficaram. Conclusão: quem devia ter saído é quem nunca devia lá ter entrado, esses salteadores de Deus e de fiéis.

Anónimo disse...

Uma coisa que o sacerdote devia ter dito: Continuo a celebrar a Missa convosco aqui, se vocês se converterem, e isso inclui converterem-se daquilo que acabaram de fazer. E eu talvez ainda vos exija que vocês primeiro vão convidar os vossos semelhantes que vocês aterrorizaram.

Anónimo disse...

menino rui santiago, cheira-te bem, seu cãozinho... é que tu tens a inteligência de um e nem tens vergonha de te exprimires.

Anónimo disse...

Para quê ver para crer, se só podemos acreditar naquilo que pensamos? Ver nem aos cães serve para acreditar, uma vez que não inteligem.
«Com efeito, creio tamém isto, que se não crer, de forma alguma poderei inteligir.» (Sto. Anselmo de Aosta)

Anónimo disse...

Portanto, acreditar na divina verdade é acreditar naquilo mesmo que pode verdadeiramente ser inteligido.

Anónimo disse...

Nenhuma verdade pode ser produzida antes de inteligida. Portanto, é impossível inteligir aquilo em que não se acredita antes de inteligir.

Anónimo disse...

Da mesma forma, é impossível produzir aquilo em que não se acredita.

Anónimo disse...

Por estas mesmas razões é que a verdade é o verdadeiro benefício, o benefício original (e eterno como ela).

Anónimo disse...

E não nos esqueçamos que aquilo que é eterno não possui limites nem igualmente pode ser realmente limitado.

Anónimo disse...

Precisamente por essas razões é que se sabe que a verdade não é um produto humano mas divino (possuindo a sua própria identidade i.e. sendo, e não sendo produto humano, é portanto propriedade do ser divino).