
Tive ocasião de falar com uma das que já fez este serviço no ano passado. Foi em Moçambique, onde a pobreza é muita. Disse-me que a missão foi dura pelo muito trabalho que teve pela frente. Foram aulas a crianças e a adultos. Foi a catequese e o serviço aos doentes. Sempre os dias preenchidos. Nem deu pelo tempo passar.
Esta jovem regressou com um sonho: voltar de novo e com mais tempo. Actualmente isso não lhe é possível, pois está a iniciar a sua carreira profissional – já conseguiu emprego e não o quer perder. Mas um dia há-de voltar.
Uma das coisas que admirou foi a alegria daquela gente. Apesar duma vida difícil, ali parece não haver depressões nem angústias. As crianças saltam e brincam como no melhor dos mundos. E os adultos riem e parecem felizes.
Então os missionários (homens e mulheres) – alguns já bem adiantados nos anos – não param. Estão ao serviço 24 horas por dia. E vê-se que toda a gente os trata como se fossem seus pais. Deles parece depender a vida duma multidão de pessoas.
«Quem vive na Europa não faz uma pequena ideia do que é a vida duma missão em Moçambique» – disse-me. E acrescentou: «nem imagina o que seria se uma Missão fechasse!»
Este testemunho diz-nos bem do que é a generosidade dos que partem para outros países para ajudarem os pobres. Não se pense que os missionários passam a maior parte do tempo ao serviço da religião. A maior fatia vai para a ajuda aos problemas humanos das pessoas.