terça-feira, outubro 31, 2006

Na Festa de Todos os Santos


A intercessão dos santos
Esta é uma festa muito antiga. Ela já se celebrava no século VIII. Para que eles nos servissem de exemplo e intercedessem por nós.

Mas podem os santos, os que já estão no Céu, interceder por nós? A maior parte dos protestantes e evangélicos não aceita que eles possam fazer alguma coisa em nosso favor junto de Deus. Contrariamente ao que ensinavam os Mestres do princípio da Igreja e ainda hoje é a fé dos católicos e ortodoxos.

Haverá incompatibilidade entre esta doutrina e o que ensina a Bíblia?

Vejamos pois se a Bíblia nos diz alguma coisa sobre a oração dos que já estão no Céu.
No último livro da Sagrada Escritura – o Apocalipse – pode ler-se:
"Quando o Cordeiro quebrou o quinto selo, vi debaixo do altar aqueles que tinham sido mortos por terem proclamado a palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem castigar os habitantes da terra que nos mataram? Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros e irmãos que como eles iriam ser mortos." (Ap 6,9-11).

No trecho acima, os santos estão a pedir a Deus que faça Justiça. Alguém poderia dizer: "Mas eles estão intercedendo por eles mesmos e não pelos que ficaram na terra"! Ora, e o que impede que o façam pelos que estão na terra? São Paulo não recomenda que rezemos uns pelos outros? (cf. 1Tm 2,1).
Por alguma razão seriam os santos incapazes de continuar a orar pelos que estão na terra? Poderá alguém pensar que por os santos estarem já na presença de Deus estão impedidos de interceder pelas outras pessoas que ainda estão na terra?

Vejamos também:

"Os quatro viventes e os vinte e quatro anciões se prostraram diante do Cordeiro. Tinha cada um uma harpa e taças de ouro cheias de perfumes, que são as orações dos santos" (Ap 5,8). "O fumo dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus." (Ap 8,4).

Nos versículos acima, os santos rezam a Deus. Por que estariam orando, já que estão salvos e gozando da presença do Senhor? Oram em nosso favor, para que os que estão na terra também possam um dia estar com eles na presença do Senhor.
Podíamos transcrever outras frases bíblicas mas creio que estas confirmam a verdade de que os salvos podem pedir por nós.

Vejamos agora o que a este respeito ensinou a primitiva Igreja:
>"O Pontífice não é o único a se unir aos orantes. Os anjos e as almas dos justos também se unem a eles na oração"
(Orígenes, 185-254 d.C. No tratado sobre a Oração).
"Se um de nós partir primeiro deste mundo, não cessem as nossa orações pelos irmãos" (Cipriano de Cartago, 200-258 d.C. Epístola 57)
"Aos que fizeram tudo o que tiveram ao seu alcance para permanecer fiéis, não lhes faltará, nem a guarda dos anjos nem a protecção dos santos". (Santo Hilário de Poitiers, 310-367 d.C).
"Comemoramos os que adormeceram no Senhor antes de nós: patriarcas, profetas, apóstolos e mártires, para que Deus, por suas intercessões e orações, se digne receber as nossas." (São
Cirilo de Jerusalém, 315-386 d.C. nas Catequeses Mistagógicas).
"Em seguida (na Oração Eucarística), mencionamos os que já partiram: primeiro os patricarcas, profetas, apóstolos e mártires, para que Deus, em virtude de suas preces e intercessões, receba nossa oração" (São Cirilo de Jerusalém, 315-386 d.C. Catequeses Mistagógicas).
"Se os Apóstolos e Mártires, enquanto estavam no seu corpo mortal, e ainda necessitados de cuidar de si, já podiam orar pelos outros, muito mais agora que já receberam a coroa de suas vitórias e triunfos. Moisés, um só homem, alcançou de Deus o perdão para 600 mil homens armados; e Estevão, para seus perseguidores. Serão menos poderosos agora os que reinam com Cristo? São Paulo diz que com suas orações salvara a vida de 276 homens, que seguiam com ele no navio [naufrágio na ilha de Malta]. E depois de sua morte, cessará sua boca e não pronunciará uma só palavra em favor daqueles que no mundo, por seu intermédio, creram no Evangelho?" (São Jerónimo, 340-420 d.C, Adv. Vigil. 6).
"Por vezes, é a intercessão dos santos que alcança o perdão das nossas faltas (1Jo 5,16; Tg 5,14-15) ou ainda a misericórdia e a fé" (São João Cassiano. 360-435 d.C. conferência 20).

sexta-feira, outubro 27, 2006

O bem mais precioso


Maria do Rosário Gomes contou-me pormenorizadamente o que se passou com ela. Há cerca de 6 anos, casou com um rapaz, depois de um namoro "pouco demorado", dado que "o amor a isso os obrigava" e os pais de um lado e doutro achavam bem.
Meio a sério meio a brincar, pôs porém uma condição: "Se não der certo, posso escolher o bem que julgue mais precioso da casa".

O namorado concordou e disse que faria ele também o mesmo. Houve festa rija e os primeiros tempos foram "lindos". De vez em quando um amuo, um ralho. Mas sempre se ouviu dizer que casa não ralhada não é governada.
O pior foi quando se deram conta de que iria ser difícil terem filhos. Veio o nervosismo, as corridas para os médicos, o gasto exagerado de dinheiro. A vida em casal começou a ter problemas fortes.

A Rosário reconhece que se excedeu: os nervos sempre à flor da pele, os ciúmes, as palavras azedas. E o meu marido fartou-se. E às vezes dizia coisas que a feriam.

"Reconheci que o nosso casamento estava estragado. Por isso disse ao meu marido que era melhor acabar com tudo. Vendíamos o apartamento, fazíamos a divisão das coisas e cada um ia tratar da sua vida."

"Acabava eu de dizer isto quando o meu homem me abraçou e me confidenciou:
– Lembras-te do que foi combinado entre nós? Pois eu escolho o bem mais importante da casa. E esse bem és tu!... És minha e não me separarei de ti! A não ser que tu não queiras mesmo viver comigo...

"Chorei toda a noite! Fizemos as pazes e conseguimos juntos ultrapassar os problemas. Não temos filhos, mas sabemos que temos o maior bem – o AMOR".

quarta-feira, outubro 25, 2006

Heresias antigas e actuais (3)


O Pelagianismo surgiu na Igreja por volta do ano 400 e tem a ver com a necessidade ou não que o homem tem da Graça de Deus para se salvar. Pelágio, um monge anglo-saxónico, chegou à cidade de Roma, tendo ficado profundamente impressionado com a imoralidade do ambiente. Por isso, decidiu começar uma campanha de reforma profunda.

Nas suas pregações minimizava o poder da Graça de Deus em nossa salvação, atribuindo um valor demasiado às obras. Este monge achava que a crença de que a oração, os sacramentos e a Fé em Cristo chegavam para salvar o homem tinham levado as pessoas a comportar-se de maneira pouco cristã. Por isso dizia abertamente que as obras praticadas por cada um é que o salvavam ou condenavam.

Para Pelágio, o homem era capaz de salvar-se pelas suas próprias forças. Chegar à perfeição evangélica era coisa que estava ao alcance da capacidade humana. Bastava querer. Segundo sua doutrina, o homem nascia sem o pecado original, num estado de perfeição, como Adão e Eva antes da queda.

Isto entrava em choque com a doutrina bíblica, pregada em toda a igreja: Jesus disse aos discípulos: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15,5). Falou ainda o Senhor: "É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. Não é de vós mesmos que vem a fé: é dom de Deus. Não provém das boas obras, para que ninguém se glorie." (Ef 2, 8-9)

A heresia de Pelágio foi condenada pelo Sínodo de Cartago (411) e no concílio de Éfeso (431). Ficou definido que a salvação é fruto da Graça de Deus. É claro que o homem entra também com sua participação, acolhendo a Graça no seu coração, para que não seja em vão. Santo Agostinho disse: "Deus te criou sem ti, mas não quer salvar-te sem ti".

Esta questão da cooperação ou não das pessoas na sua salvação foi provocando exageros ao longo dos séculos para um lado e para outro. O protestantismo enaltecia a Fé em Deus e desprezava as obras como necessárias para a salvação. Esquecia-se de que a Fé sem obras é morta, como está escrito na Bíblia. E que o Diabo também tem fé e está no Inferno. (Tiago 2, 14-26)

Pelo contrário, hoje estamos num tempo em que muita gente pensa que se pode salvar sem Cristo e mesmo sem Deus. Por isso desprezam a oração, os sacramentos e até a fé em Deus. Estamos como no tempo de Cícero do século I antes de Cristo. Ele dizia que as pessoas davam graças aos deuses pela sua prosperidade material e pela sua saúde, mas nunca pelas suas virtudes, pois consideravam isso como obra do seu esforço pessoal.
M. V. P.


segunda-feira, outubro 16, 2006

Uma cultura da morte


A atracção pela morte é um dos sinais da decadência.
Portugal deveria estar, neste momento, a discutir o quê?
Seguramente, o modo de combater o envelhecimento da população.
Um país velho é um país mais doente.
Um país mais pessimista.
Um país menos alegre.
Um país menos produtivo.
Um país menos viável – porque aquilo que paga as pensões dos idosos são os impostos dos que trabalham.

Era esta, portanto, uma das questões que Portugal deveria estar a debater.
E a tentar resolver. Como?
Obviamente, promovendo os nascimentos.
Facilitando a vida às mães solteiras e às mães separadas.
Incentivando as empresas a apoiar as empregadas com filhos, concedendo facilidades e criando infantários.
Estabelecendo condições especiais para as famílias numerosas.
Difundindo a ideia de que o país precisa de crianças – e que as crianças são uma fonte de alegria, energia e optimismo.
Um sinal de saúde.
Em lugar disto, porém, discute-se o aborto.
Discutem-se os casamentos de homossexuais (por natureza estéreis).
Debate-se a eutanásia.
Promove-se uma cultura da morte.

Dir-se-á, no caso do aborto, que está apenas em causa a rejeição dos julgamentos e das condenações de mulheres pela prática do aborto – e a possibilidade de as que querem abortar o poderem fazer em boas condições, em clínicas do Estado.
Só por hipocrisia se pode colocar a questão assim.
Todos já perceberam que o que está em causa é uma campanha.
O que está em curso é uma desculpabilização do aborto, para não dizer uma promoção do aborto.
Tal como há uma parada do ‘orgulho gay’, os militantes pró-aborto defendem o orgulho em abortar.
Quem já não viu mulheres exibindo triunfalmente t-shirts com a frase «Eu abortei»?

Ora, dêem-se as voltas que se derem, toda a gente concorda numa coisa: o aborto, mesmo praticado em clínicas de luxo, é uma coisa má.
Que deixa traumas para toda a vida.
E que, sendo assim, deve ser evitada a todo o custo.
A posição do Estado não pode ser, pois, a de desculpabilizar e facilitar o aborto – tem de ser a oposta.
Não pode ser a de transmitir a ideia de que um aborto é uma coisa sem importância, que se pode fazer quase sem pensar – tem de ser a oposta.
O Estado não deve passar à sociedade a ideia de que se pode abortar à vontade, porque é mais fácil, mais cómodo e deixou de ser crime.

Levada pela ilusão de que a vulgarização do aborto é o futuro, e que a sua defesa corresponde a uma posição de esquerda, muita gente encara o tema com ligeireza e deixa-se ir na corrente.
Mas eu pergunto: será que a esquerda quer ficar associada a uma cultura da morte?
Será que a esquerda, ao defender o aborto, a adopção por homossexuais, a liberalização das drogas, a eutanásia, quer ficar ligada ao lado mais obscuro da vida?
No ponto em que o mundo ocidental e o país se encontram, com a população a envelhecer de ano para ano e o pessimismo a ganhar terreno, não seria mais normal que a esquerda se batesse pela vida, pelo apoio aos nascimentos e às mulheres sozinhas com filhos, pelo rejuvenescimento da sociedade, pelo optimismo, pela crença no futuro?

Não seria mais normal que a esquerda, em lugar de ajudar as mulheres e os casais que querem abortar, incentivasse aqueles que têm a coragem de decidir ter filhos?

José António Saraiva, no Semanário SOL

domingo, outubro 15, 2006

A política


Jaquim da Horta, num comentário (que agradeço) a um dos meus últimos "posts", diz que acha que este blogue se ocupa demasiado com a política e que Jesus nunca se quis meter em tal coisa.
Por outro lado, o chamado "Padre Mário da Lixa" escreve muitas vezes que do que Deus gosta é de política.

Acho que nem tanto ao mar nem tanto à terra. Jesus de facto veio com uma missão diferente da de um político. Também um padre ou pastor de uma igreja tem de se afastar de políticas partidárias. A sua missão é de evangelizar, isto é, de iluminar a vida das pessoas com a palavra de Cristo. Mas, e por isso mesmo, tem de "lutar" por uma humanidade mais fraterna, que respeite os direitos de todos e defenda os mais débeis.

Isto sem menosprezar a missão de um político a quem compete "lutar" por um governo que defenda os pequenos de serem prejudicados e mesmo esmagados pelos grandes. Para além de procurar que haja leis cada vez mais justas que defendam as pessoas da opressão e violência.
Quanto a mim, a política é uma arte nobre, querida por Deus, desde que ao serviço do homem todo e de todos os homens.

terça-feira, outubro 10, 2006

Heresias antigas e actuais (2)


Como vimos, as heresias foram muitas logo no princípio da Igreja e algumas dessas e muitas outras foram renascendo ao longo dos séculos. Para tratar deste tema com alguma minúcia, precisávamos de escrever um grosso volume. Como se trata de pequenos artigos de divulgação, limitamo-nos a fazer alguma referência àquelas que tiveram maior projecção.

Entre estas está o Montanismo que é um movimento surgido no cristianismo do século segundo, iniciado por Montano. Os montanistas declaravam-se possuídos pelo Espírito Santo e, por isso, profetizavam. Segundo estas profecias, uma outra era cristã se iniciava com a chegada da nova revelação que – diziam – lhes tinha sido concedida.

Fez muitas predições proféticas enganosas, pois jamais foram cumpridas, como a de que a aldeia de Pepuza, na Frígia, seria a Nova Jerusalém. Proibia certos alimentos, exigia jejuns prolongados e não permitia o casamento de viúvas, como também negava o perdão de pecados graves ao novo convertido, mesmo após o baptismo (com confissão e arrependimento). Montano queria fundar uma nova ordem e reivindicar seu movimento como sendo um movimento especial na história da salvação.


Alguns pentecostais reivindicam para si, hoje, o movimento como sendo o antecessor do movimento pentecostal actual.

Outra heresia que se espalhou muito foi o Arianismo, que recebeu o nome do seu iniciador. Ario, padre da Igreja de Alexandria, suscitou, com sua doutrina, polémicas que alastraram por toda a cristandade. Este sacerdote ensinava que só o Pai Eterno era um Deus verdadeiro, o princípio de todos os seres. O Cristo (Verbo de Deus) tinha sido feito por Ele como instrumento para a criação do mundo, pois a divindade transcendente não podia colocar-se em contacto com a matéria. Cristo, inferior e limitado, não possuía o mesmo poder divino, mas se situava entre o Pai e os homens, sem se confundir com nenhuma das naturezas, por se constituir num semi-Deus.

Um primeiro sínodo de bispos, em Alexandria, expulsou Ario da comunhão eclesiástica, mas dois outros concílios fora do Egipto condenaram a decisão e reabilitaram o sacerdote.Sucederam-se, a partir de então, sínodos contra sínodos, excomunhões contra excomunhões, bispos contra bispos. A luta chegou a ameaçar a unidade da Igreja e, ante o perigo de fragmentar também o Império, Constantino decidiu convocar, em 325, um concílio universal, para toda a cristandade. Definiu-se aí a doutrina resumida no chamado Símbolo de Niceia, contrária às propostas arianas. A maioria dos prelados condenou a doutrina de Ario como herética, e o imperador Constantino perseguiu os que se opunham às decisões desse concílio. Mas com a intrusão do imperador nas decisões dogmáticas, os problemas se complicaram. O próprio Constantino reabilitou o arianismo e o seu filho Constâncio quis impô-lo como doutrina ortodoxa. Valeu a assistência do Espírito Santo, que não deixou que a Sua Igreja resvalasse para a heresia.

M. V. P.

terça-feira, outubro 03, 2006

Heresias antigas e actuais (1)



Heresia foi o nome dado pelos antigos à opção por doutrinas não conformes à pregação de Jesus e tradição dos Apóstolos. No artigo anterior, referi alguns textos bíblicos que acautelam os cristãos contra novas doutrinas. Muitos outros podia ter referido.

A primeira grande heresia foi a dos judaizantes. Muitos judeus convertidos (?!) queriam à fina força que os cristãos fossem obrigados a praticar tudo o que mandava o Antigo Testamento e outras tradições judaicas. Os Actos dos Apóstolos e as Cartas de S. Paulo referem essa pressão feroz que aquele apóstolo e companheiros sofreram na pele. E refere as decisões do 1.º Concílio de Jerusalém, presidido por Apóstolos.

Ainda hoje isso se vê em muitas das posições doutrinais de Grupos ditos cristãos como as Testemunhas de Jeová, fundadas por Charles Taze Russell por volta de 1870, embora ainda não com esse nome.

A outra grande heresia surgiu também ainda no tempo dos Apóstolos e é conhecida por Gnosticismo. Apesar de ser uma mistura de doutrinas de diversas origens, teve uma forte implantação em alguns meios da Igreja, como se pode ver pelos escritos deixados e pelas alusões que a ele fazem alguns dos chamados Padres da Igreja. Segundo os gnósticos, existem dois deuses: o criador imperfeito, que eles associam ao Deus do Velho Testamento e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o sofrimento humano. Mas, o deus bom teve pena dos homens e dotou-os de uma "centelha divina", que lhes dá a capacidade de despertar deste mundo de ilusões e imperfeição.

Chegam ao ponto de ensinar que tirar do corpo a alma – isto é, matar – é uma obra boa. Daí se pode compreender que tenham como grandes heróis Caim, Judas e muitos outros que a Bíblia condena. O sexo e mesmo o casamento são vistos como algo de mau. São Paulo já faz referência a isto em 1Timóteo 4, 1 e ss. Ensinam que a mulher cria em seu ventre corpos humanos e por isso não pode ir para o Céu. O Evangelho de Judas, o Evangelho de Tomé e vários outros escritos são produtos dessas terríveis doutrinas. E têm sido muito propagandeados nos últimos tempos como se fossem de muito valor humano. Recomendo que os leia – encontra-os na internet – para ver que a Igreja teve razão em excluí-los do seu cânon.
Estas doutrinas gnósticas ressurgiram dum modo muito acentuado nos séculos XI e XII e ainda hoje estão presentes dum modo ou doutro em alguns grupos religiosos.
M. V. P.