quinta-feira, outubro 23, 2008

O pessimismo não ajuda nada


A senhora Maria – nome fictício – mais uma vez me disse:
– Está a ver ! O mundo está perdido. Agora até já querem casar homens com homens e mulheres com mulheres!...

Os meus leitores não conhecem esta senhora e não perdem nada por isso. Mas conhecem outras pessoas tão pessimistas como ela. Gente assim há por todo o lado e é a pensar nelas que hoje me veio à cabeça esta história que ouvi há tempos e me foi contada como verdadeira:
Um homem limpo e bem vestido, sentado numa cadeira, tinha a seu lado um cartaz com os seguintes dizeres: «Obrigado a todos os que me ajudam a ser feliz». Ao lado do cartaz exibia uma linda salva cheia de moedas e até algumas notas.

As pessoas passavam e ficavam admiradas. Muitas paravam e metiam conversa com o homem, que sempre tinha palavras de grande alegria e gratidão pela estima que tanta gente lhe demonstrava.

Um dia, um homem que já o observava há algum tempo, aproximou-se e disse-lhe:
– Você não é o mendigo que costumava estar no outro lado da cidade?
– Sim, sou! Houve uma época em que eu roto e sujo me costumava sentar no chão com uma placa ao lado, que dizia: «Uma ajuda para este pobre mendigo.» Mas as pessoas até tinham nojo de parar ao pé de mim e atiravam-me apenas algumas moedas negras. As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, pensei que era melhor mudar. Ninguém gosta de gente suja e mal vestida e que anda sempre a dizer mal da vida. Resolvi pois ser mais verdadeiro comigo e com as pessoas e dar um ar de alguém que até está feliz com a vida que leva e os benfeitores que o ajudam. Pois, olhe, nunca a vida me correu tão bem!

Creio, digo eu agora, que há muita gente da Igreja, e não só, que tem muito a aprender com este inteligente mendigo.

8 comentários:

Anónimo disse...

Nem pessimismo nem optimismo.
Precisa-se de realismo q. b..

Anónimo disse...

O mendigo tem razão: ninguém gosta de pessoas que se queixam.
Faz o mesmo que ele e verás a vida a ir para a frente.

Anónimo disse...

Que o mundo não tem jeito, todos sabemos...
Aí temos duas opções: ou nos conformamos e perdemos a nossa vida em ingratidão... ou tentamos ser felizes nesse mundo, tentamos amar, e tentamos fazer com que mais pessoas descubram esse amor...
Se todos decidirem pela 2ª opção, pronto, o mundo já teve jeito.
Bjão! Obrigado!

Anónimo disse...

Concordaria com a Senhora, que o mundo vai de mal a pior, se ele fosse apenas obra nossa.
Mas não é, felizmente. Embora sejamos peças fundamentais para o progresso e bondade do mundo, temos que contar com Deus, que é Quem verdadeiramente o rege. E pela história vemos que, não obstante tantas crises por que passou, Ele sempre suscitou pessoas que o renovaram. Nesta dada, neste tempo, devemos fazer o que nos compete: fazer o que pode ser feito para o melhorar, a começar por mim, por ti, por todos. É o que pensa o FF.

Ver para crer disse...

E pensa muito bem!
Sem Deus, há muito que isto tudo seria um inferno.

Orlando Braga disse...

Descartes define a indiferença como sendo “o mais baixo grau de liberdade”.

A mudança do mendigo é egoísta -- serve a si próprio, independentemente do que se passa no mundo. Para o mendigo, se o mundo desabar amanhã, não lhe interessa: interessa-lhe o dinheiro na bandeja.

Liberdade é combater a indiferença em nós e nos outros, em relação a Todos, e não propriamente agradar a uns e a outros.

Anónimo disse...

Quem é pessimista já parte derrotado para a vida.

Lavrador disse...

Somos todos cristãos? O que é que a Bíblia diz a rspeito da reação da senhora? É no Livro que está a razão não na maneira de vermos as coisas sejam elas positivas ou negativas. O que está errado está errado independentemente do nosso estado de espírito!