quarta-feira, maio 30, 2007

Estará a religião em crise?


Há algumas notícias surpreendentes. E a seguinte é uma delas. Informam as agências noticiosas que o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, vai converter-se ao catolicismo, abandonando o anglicanismo, após deixar o governo no próximo dia 27 de Junho. E dizem que a notícia tem como fonte o sacerdote católico Michael Seed, que já esteve na origem de outras conversões de figuras gradas da Inglaterra.
Contactado pelo jornal, o padre Seed não negou ter feito esse comentário, mas especificou que não sabia se Blair será recebido «formalmente» no seio da Igreja Católica, para o que teria que participar numa cerimónia conhecida como o rito de iniciação cristã para os adultos, seguida da confirmação e da comunhão.
«Ele vai à missa católica todos os domingos. Vai sozinho quando está no estrangeiro, e não se limita a fazê-lo quando está na companhia da sua mulher e dos seus filhos», explicou aquele sacerdote.
Outra fonte da Igreja consultada pelo jornal precisou que Blair já é católico «de desejo» e não necessita como tal de uma conversão formal.
Afinal não é apenas o novo Presidente da França que acha que a religião é fundamental e que “hoje em dia é mais importante abrir lugares de culto nas grandes áreas urbanas que inaugurar lugares desportivos".
Se nos limitarmos a ouvir o que dizem “os fazedores de opinião”, podemos pensar que a Igreja Católica vive mergulhada numa grande crise – uns deixam de praticar, outros mudam-se para novas seitas. Mas a realidade é bem diferente. Na maior parte dos países a Igreja Católica está a crescer e as estatísticas confirmam-no.
Ainda há pouco publicámos uma notícia vinda da América:
”Um recente estudo feito a pedido da Conferência Episcopal da Califórnia mostra que a população católica está a crescer a um ritmo três vezes superior à não católica. Em todos os Estados Unidos, a situação é semelhante, embora sem chegar às espectaculares cifras da Califórnia. Por este andar, prevêem-se, para 2025, uns oitenta e três milhões de católicos, em toda a América do Norte”.
Mesmo em Portugal, os jornais noticiaram que ainda no Domingo, 20 de Maio, as estradas de acesso a Fátima entupiram quase como o tinham feito em 13 de Maio. E esperam-se grandes enchentes todos os Domingos, sobretudo em 10 de Junho.

sábado, maio 26, 2007

Vinde, Espírito Santo


Vinde, ó santo Espírito, vinde, Amor ardente,
acendei na terra Vossa luz fulgente.
Vinde Pai dos pobres: na dor e aflições,
vinde encher de gozo nossos corações.
Benfeitor supremo em todo o momento,
habitando em nós sois o nosso alento.
Descanso na luta e na paz encanto,
no calor sois brisa, conforto no pranto.
Luz de santidade, que no céu ardeis,
abrasai as almas dos Vossos fiéis.
Sem a vossa força e fervor clemente,
nada há no homem que seja inocente.
Lavai nossas manchas, a aridez regai,
sarai os enfermos e a todos salvai.
Abrandai durezas para os caminhantes,
animai os tristes, guiai os errantes.
Vossos sete dons concedei à alma do que em Vós confia.
Virtude na vida, amparo na morte, no céu alegria. Ámen.
(Liturgia do Pentecostes)

segunda-feira, maio 21, 2007

2.º Aniversário



Mais um ano passou. O segundo.
180 postas.

O contador marca 49.545 visitas.
Um obrigado a todos os aqui vieram.
E irei continuar, se Deus me der saúde.

sexta-feira, maio 18, 2007

Sair do silêncio



Tirar o drama do Darfur do silêncio, é a proposta de uma campanha promovida pelo Centro Vocacional Juvenil (CVJ) dos Missionários Combonianos. Para isso apostam na sensibilização da sociedade portuguesa e na solidariedade para com os povos mais desfavorecidos e marginalizados.

O CVJ quer aproveitar a presidência da união europeia por parte de Portugal e a cimeira Europa-África, para atingir o maior número de pessoas, e assim solidarizar os portugueses para o problema do darfur.

Os objectivos passam por uma campanha de informação e sensibilização através dos meios de comunicação social; apelo aos governantes e políticos portugueses a pressionarem a união europeia a intervir em favor das populações; ajuda em acções de solidariedade para com os refugiados, nomeadamente através dos missionários e organizações sociais, presentes no terreno.

A campanha quer abranger os diferentes sectores da vida social, política e religiosa, desporto, música, teatro, através dos seus agentes, estruturas e associações, grupos e movimentos. Para isso o CVJ quer colaborar com outras instituições e grupos, na união de esforços para que a campanha tenha impacto social.

Diferentes acções serão realizadas ao longo destes meses que culminarão com uma vigília e acções de rua por altura da cimeira Europa-Africa.

Visto no blogue:Jovens e Missão

quinta-feira, maio 17, 2007

Fé e optimismo


Uma investigadora da Universidade de Coimbra, Lisete Mónico, aproveitou os dias da peregrinação para interpelar os fiéis em Fátima, com o objectivo de perceber o papel da fé no optimismo das pessoas em situação de vida difícil. Esta Assistente na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação propõe-se defender uma tese de doutoramento sobre o papel das crenças religiosas no optimismo das pessoas.


A investigadora, segundo escreve José Vinha no Jornal de Notícias, questionou cerca de 600 fiéis, concluindo que "os ideais laicos têm retrocedido, as ideologias políticas estão desacreditadas e, em simultâneo, a religião fortalece-se".
Lisete Mónico constatou ainda que a maioria dos peregrinos já passou por momentos de vida muito complicados. No entanto, continuam a alimentar expectativas positivas em relação ao futuro.
"Na época em que vivemos, as manifestações religiosas intensificam-se", revela a investigadora, que pretende caracterizar dois tipos de optimista: o intrínseco e o extrínseco. Os primeiros acreditam nas suas próprias capacidades para vencer os problemas, enquanto os segundos recorrem a Deus e à santidade.

terça-feira, maio 15, 2007

O capitalismo no seu melhor


Nos três primeiros meses de 2007, os cinco maiores bancos a operar em Portugal lucraram 783 milhões de euros. Desde há uns anos que os lucros dos bancos portugueses têm crescido enormemente. A crise que os portugueses vivem tem servido para aumentar as receitas bancárias, com uma publicidade que há muito devia ter sido proibida. E tudo isto tem servido para arruinar milhares e milhares de famílias, muitas delas a iniciar a sua vida.

Há dias chegou-me pela internet o seguinte desabafo:
«A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores – principescamente pagos – daquela instituição bancária».
Nesta carta circular «o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a 1 000 euros, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de 243,45 euros – que para ter direito ao piedoso subsídio diário de 7,57 € (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma».

Exigir que cidadãos que vivem abaixo do limiar da pobreza paguem manutenções de contas que foram obrigados a abrir para receber uma magra pensão de sobrevivência é uma injustiça que brada aos céus. Que um governo dito socialista não combata estes atropelos é sintoma de que se deixou dominar pelo capital.
Como escreve o autor do citado desabafo, «esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso».

terça-feira, maio 08, 2007

A incredulidade do barbeiro


O caso do estudante Cho Seung que disparou mais de 170 tiros em apenas nove minutos e matou dezenas de colegas e funcionários da universidade Virginia Tech ainda estava bem vivo na memória daqueles adolescentes. E interrogavam:
«Como é que Deus permitiu tal coisa!...»
Falei-lhes que Deus criou o homem livre e respeita como ninguém essa liberdade. Lembrei-lhes a Parábola do Filho Pródigo contada por Jesus. Qual era o pai que dividia os seus bens pelos filhos, sabendo que um deles ia gastar tudo na estroinice e depois iria passar fome?
Mas um dos presentes continuou:
«Como é que Deus deixa cometer tantos crimes?! Por que não mata logo essas pessoas e as deixa fazer tanto mal?»
Disse-lhe:
«É normal e até saudável que nos interroguemos sobre Deus e as coisas da Fé. Mas como disse Cristo haverá sempre no mundo o trigo e o joio. E só na ceifa é que Deus mandará cortar um e outro e lhe dará destinos diferentes: o Seu celeiro (o Céu) para o trigo, o fogo para o joio.»
E contei a história de um homem que foi ao barbeiro. E enquanto este lhe cortava o cabelo conversava com ele. Falava das coisas más do mundo. Admirava-se como Deus permitia tanto mal. Pois foi boa ocasião para o barbeiro falar:
– Mas você ainda acredita em Deus?! Deixe-se disso, meu caro, Deus não existe!
– Como?!
– Ora, se Deus existisse não haveria tanta maldade! Ladrões, assassinos e coisa pior...

O cliente ficou admirado com o falar do barbeiro e achou que não valia a pena adiantar mais conversa. Cortado o cabelo, pagou e despediu-se ainda a pensar na incredulidade daquele homem.Mal saiu, avistou um maltrapilho imundo, com longos e sujos cabelos, barba desgrenhada e cara de poucos amigos. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
– Sabe de uma coisa? Não acredito em barbeiros!
– Como?!
– Não acredito!... Pois se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!
– Ora, eles estão assim porque querem. Se desejassem mudar, viriam até mim! Ao que o homem respondeu:
– E acha que se pode culpar Deus por os homens não seguirem o caminho do bem?!

sábado, maio 05, 2007

No Dia da Mãe


Se é bela a luz do Sol – graça divina
Que dá a vida à Terra e o resplendor;
Se é bela a Primavera que fascina
Com matizes sem fim, de tanta flor;
Se é bela a Estrela d'Alva matutina;
Se é belo o luar encantador;
Se é bela a água pura cristalina;
Se é belo o Céu azul de meiga cor;
Se é belo o Mar, a Música, as crianças;
Se é bela a Vida com as suas esperanças
Que às nossas almas fazem tanto bem;
Se é belo, enfim, o sonho, nosso anelo...
Mais belo do que tudo quanto é belo,
É o santo e grande Amor de nossa MÃE!


Autor desconhecido

quinta-feira, maio 03, 2007

O Sacramento do Amor


No início do século IV, quando o culto cristão era ainda proibido pelas autoridades imperiais, alguns cristãos do norte de África, que se sentiam obrigados a celebrar o dia do Senhor, desafiaram tal proibição. Foram martirizados enquanto declaravam que não lhes era possível viver sem a Eucaristia, alimento do Senhor:
« Sine dominico non possumus – sem o domingo, não podemos viver ».(252)

Estes mártires de Abitinas, juntamente com muitos outros santos e beatos que fizeram da Eucaristia o centro da sua vida, intercedam por nós e nos ensinem a fidelidade ao encontro com Cristo ressuscitado! Também nós não podemos viver sem participar no sacramento da nossa salvação e desejamos ser iuxta dominicam viventes, isto é, traduzir na vida o que celebramos no dia do Senhor. Com efeito, este é o dia da nossa libertação definitiva. Então porquê maravilhar-se quando desejamos que cada dia seja vivido segundo a novidade introduzida por Cristo com o mistério da Eucaristia?


Sacramentum Caritatis de Bento XVI