sábado, setembro 22, 2007
O exemplo vem de França
Todos sabemos que a escola tem primordial importância para o futuro de um país. Logo a seguir à família. E isto na formação profissional mas também na educação humana e cívica. Apostar na formação de bons professores é, por isso, vital. Mas há também necessidade de os valorizar perante a sociedade e sobretudo os alunos.
O que se fez ou permitiu fazer em Portugal, nos últimos anos, vai em sentido contrário. Por isso quero aqui realçar o exemplo do Presidente francês, que escreveu uma carta a todos os alunos, professores e pais das escolas de França, estimulando-os a colaborarem num "renascimento" da escola francesa.
Nessa carta, Nicholas Sarkozy pede que se estimule o respeito mútuo (o respeito é a base de toda a educação) e que se recompense o bem, sancionando as faltas, cultivando a admiração pelo que é bom, justo, belo, grande, verdadeiro e profundo e recusando o que é mau, injusto, feio, insignificante, falso, superficial e medíocre". O chefe do Estado francês questionou também o secularismo, que rejeita a presença religiosa nas escolas e programas de ensino franceses. "Estou convencido de que não deveríamos deixar o tema da religião à porta da escola", afirmou, advertindo que não defende o proselitismo nas escolas. "A origem das grandes religiões, suas visões do homem e do mundo devem ser estudadas, não num espírito de proselitismo, não com uma abordagem teológica, mas como uma análise sociológica, cultural, histórica, que permita compreender melhor a natureza do facto religioso." E continua: "O espiritual e o sagrado sempre acompanharam as experiências humanas. São a fonte de toda civilização. A gente pode abrir-se com mais facilidade aos outros e dialogar com as pessoas de outras religiões quando entende a sua própria religião".
Aos professores pede que reflictam sobre a grave responsabilidade que têm em "guiar e proteger espíritos e sensibilidades que ainda não se formaram completamente, que não alcançaram a sua maturidade, que estão em busca e que são ainda frágeis e vulneráveis". À família lembra que os pais "são os primeiros educadores de seus filhos" e os alenta a envolver-se intimamente no processo da educação.
Esperamos que este bom exemplo também seja seguido entre nós.
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3 comentários:
Vamos ver o que este político faz pela educação.
Nós, professores, estamos sempre de pé arás com os políticos, pois eles só querem o poder.
Curioso que estas sejam as palavras de um político que pretende o renascimento da França.
Sarkosi percebe que isso se faz com esperança, confiança e partilha. Bem longe do ódio, perseguição e desconfiança que são o mote do discurso oficial por cá.
Comparar ao nosso Sócrates. Este parece-me arrogante e pouca esperança inspira pelo menos aos professores e alunos.
Parece que aprendeu para ditador.
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