A morte é a curva da estrada
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*A morte é a curva da estrada,*
*Morrer é só não ser visto.*
*Se escuto, eu te oiço a passada*
*Existir como eu existo.*
*A terra é feita de céu.*
*A...
sábado, março 31, 2007
Jornalista converte-se
Uma controvertida jornalista perita na história da música rock e que por muitos anos foi uma porta-bandeira da "revolução sexual", converteu-se – após abraçar a fé católica – numa fervorosa promotora da castidade.
A jornalista Dawn Eden publicou o livro "A Emoção da Castidade", onde sustenta que para a mulher tem muito mais sentido a castidade que o sexo casual.
Há alguns dias, o jornal The Sunday Times publicou um artigo onde Eden conta sua incrível historia e se apresenta a si mesma como uma das "filhas insatisfeitas da revolução sexual". Eden confessa que após vários anos levando um estilo de vida dissipado, chegou um momento em que não pôde mais e decidiu mudar. Embora não tenha sido uma mudança imediata, pouco a pouco descobriu que a vida podia ser de outra forma.
Conforme destaca, há uns anos entrevistou a líder de uma banda musical de Los Angeles denominada Sugarplastic e perguntou que livro estava lendo. Tratava-se do "Homem que foi Quinta-feira", de G.K. Chesterton. Eden animou-se a ler o livro e afirma que nele descobriu pela primeira vez que "no cristianismo havia algo interessante".
Anos depois, ela própria abraçou a fé católica para escândalo de muito boa gente.
sexta-feira, março 23, 2007
Nunca desistir
Sei que não é algo de inédito mas vale a pena trazê-los também para aqui. É que estes exemplos são a prova de que vale a pena apostar naquilo que gostamos e achamos válido para nos realizar.
*A super estrela, Michael Jordan, quando criança foi expulso da equipe escolar de basquete.
*Winston Churchill repetiu o sexto ano. Mas foi primeiro ministro da Inglaterra aos 62 anos de idade, após ter uma vida muito dura.
*Albert Einstein não falou até os 4 anos de idade e aprendeu a ler aos 7. Sua professora o qualificou como “mentalmente lerdo". Foi expulso da escola. Também não foi aceite no Ensino Politécnico de Zurich. E tornou-se num génio, admirado por todos.
*Em 1944, Emmeline Snively, diretora da agência de modelos Blue Book Modeling, disse à candidata Norman Jean Baker (Marilyn Monroe) : “Seria melhor que fizesse um curso de secretaria ou buscasse um bom marido”.
*Ao rejeitar um grupo de rock inglês chamado The Beatles, um executivo de Decca Recording Company disse: “Nós não gostamos desse grupo”.
*Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, em 1876, buscou quem financiasse seu projeto. O Presidente Rutheford Hayes disse: “É um invento extraordinário, mas quem vai usar isso?”
*Thomas Edison fez 2000 experiências até inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o porquê de tantos fracassos. Edison respondeu: “Não fracassei nem uma única vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de 2000 etapas”.
*Aos 46 anos, depois de perder progressivamente a audição, o compositor alemão Ludwig Van Beethoven ficou completamente surdo. E foi assim sem ouvir que compôs boa parte de sua famosa obra. Incluindo 3 sinfonias , em seus 6 últimos anos.
Muitos outros casos haverá que nos levam a dizer que desistir é próprio de quem não acredita em si mesmo.
sábado, março 17, 2007
Pai misericordioso
Hoje e amanhã é lida nas Missas a parábola do filho pródigo (Lucas 15). Trata-se de um dos textos mais ricos e interessantes da Bíblia.
A parábola mostra a imensa misericórdia de Deus para com o homem pecador, mas também as disposições do pecador para encontrar a misericórdia. Deus é misericórdia, mas não invade a liberdade de seus filhos.
Na cena do filho pródigo que passa fome, temos o retrato da nossa miséria quando afastados de Deus. No conflito do filho pródigo com seu irmão temos o retrato do nosso dilema entre a fidelidade e a misericórdia ou falta dela. E no abraço acolhedor que o pai dá ao filho que volta para casa, temos a mensagem do amor incondicional de Deus.
Jesus revela aquilo que os Profetas já pregavam: Deus quer a misericórdia e não os sacrifícios. Só agrada a Deus o que ama o seu próximo.
Os destinatários desta misericórdia são os pobres, os estrangeiros, os miseráveis e os repudiados pela sociedade, aqueles que eram tidos como os mais pecadores entre os filhos de Israel. Para Jesus, o filho pródigo está sempre sendo esperado para ser acolhido. Deus espera-nos como o pai da parábola, estendendo para nós os braços. Mas é necessário que lhe abramos o coração, que tenhamos saudades do lar paterno, que nos maravilhemos e nos alegremos perante o dom que nos fez seus filhos. É preciso que nos deixemos aconchegar pelo abraço misericordioso do Pai.
É curioso que Jesus associe o amor incondicional de Deus à figura do pai. Não seria melhor uma mãe? Não é ela que geralmente está associada à saudade, a braços abertos e ao perdão? Jesus provoca e quer desinstalar as ideias que se têm de paternidade e de Deus.
A parábola ensina uma nova imagem de Deus. A experiência de fé de Jesus permitiu que Ele chamasse Deus de Pai, tirando de Deus aquele ar austero e distante. Pode-se até dizer que o cristianismo nasce dessa experiência de poder chamar Deus de Pai. O Deus de Jesus e dos cristãos é um pai amoroso; que estará sempre pronto a perdoar desde que haja arrependimento.
sexta-feira, março 09, 2007
A confissão
Sabemos que há por parte de muitos cristãos uma grande dificuldade de se reconhecer pecador. Pelo menos perante os outros. O que é certo é que Jesus falou muitas vezes na necessidade dos seus ouvintes se arrependerem e deixarem o pecado. Se não – ouvimos no Evangelho do próximo Domingo – morrereis todos de maneira semelhante, isto é, em pecado.
S. João Evangelista escreve na sua primeira carta, que faz parte do Novo Testamento, o seguinte:
"Se dissermos que não temos pecados, somos mentirosos e enganamo-nos a nós mesmos. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar de toda a iniquidade".
Cristo exerceu, durante a Sua vida pública, o poder de perdoar os pecados e deu esse poder aos Apóstolos: "Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados, a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos".
No entanto, há hoje por parte de muitos cristãos uma rejeição da confissão. Ora a confissão dos pecados (acusação), mesmo do ponto de vista simplesmente humano, liberta-nos e facilita nossa reconciliação com os outros. Pela acusação, o homem encara de frente os pecados dos quais se tornou culpado: assume a responsabilidade deles e, assim, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, a fim de tornar possível um futuro novo. A declaração dos pecados ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da penitência: "os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois às vezes esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos". (Catecismo no. 1455, 1456) O Novo Testamento diz-nos que, quando João Baptista estava a baptizar no rio Jordão, vinham pessoas de todos os lados e de todas as classes e confessavam publicamente os seus pecados.
Nos termos da doutrina da Igreja "a confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja" (D. C. – cânone 961 § 1)
sábado, março 03, 2007
As duas vizinhas
Não sei se é verdadeira esta história mas que tem uma boa lição, ai isso tem!
Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam encontrar-se pois era briga certa. Uma delas era mesmo por demais. Viver com uma vizinha assim não era fácil. E a D. Carminda ao princípio começou a responder com a mesma moeda, pensando que a outra iria desistir.
Depois de um tempo, a Carminda fartou-se e resolveu propor as pazes à vizinha.
– Minha querida Clotilde, já estamos nesta desavença há tempo demais e não vejo nenhum motivo aparente para continuarmos assim. Proponho que façamos as pazes e vivamos como duas boas amigas.
D. Clotilde, na hora, estranhou a atitude da velha rival e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando:
– Essa mulher não me engana, está querendo aprontar-me alguma e eu não vou deixar. Vou mandar-lhe um "lindo" presente para ver a sua reacção.
Chegada a casa, preparou um lindo embrulho, cobrindo-o com uma lindo papel, mas encheu-o de esterco já putrefacto para não cheirar mal. Depois despachou-o pelos C. T. T..
– Eu adoraria ver a cara da Carminda ao receber esse 'maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai reagir.
Dentro do embrulho colocou um bilhete: "Aceito a sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-lhe esse lindo presente".
Ao receber e abrir o presente, D. Carminda quase ia perdendo as estribeiras. Não tinha valido o seu esforço de propor a paz!
– Bem! Deixá-lo... Com pessoas assim não há nada a fazer!
Mas alguns dias mais tarde, D. Carminda achou que o melhor era retribuir a prenda. Foi ao jardim e resolveu apanhar algumas das mais lindas flores do seu jardim. Fez um lido ramo e foi ela própria levá-lo à vizinha.
– O estrume que me enviaste deu este lindo aspecto às minhas flores. Resolvi trazer-te este "bouquet" para veres como elas agradeceram a oferta.
E ali mesmo as duas se beijaram e perdoaram. E acaba a história, contando que nunca mais alguém viu aquelas vizinhas a altercar e muito menos a insultarem-se.
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