Maria do Rosário Gomes contou-me pormenorizadamente o que se passou com ela. Há cerca de 6 anos, casou com um rapaz, depois de um namoro "pouco demorado", dado que "o amor a isso os obrigava" e os pais de um lado e doutro achavam bem.
Meio a sério meio a brincar, pôs porém uma condição: "Se não der certo, posso escolher o bem que julgue mais precioso da casa".
O namorado concordou e disse que faria ele também o mesmo. Houve festa rija e os primeiros tempos foram "lindos". De vez em quando um amuo, um ralho. Mas sempre se ouviu dizer que casa não ralhada não é governada.
O pior foi quando se deram conta de que iria ser difícil terem filhos. Veio o nervosismo, as corridas para os médicos, o gasto exagerado de dinheiro. A vida em casal começou a ter problemas fortes.
A Rosário reconhece que se excedeu: os nervos sempre à flor da pele, os ciúmes, as palavras azedas. E o meu marido fartou-se. E às vezes dizia coisas que a feriam.
"Reconheci que o nosso casamento estava estragado. Por isso disse ao meu marido que era melhor acabar com tudo. Vendíamos o apartamento, fazíamos a divisão das coisas e cada um ia tratar da sua vida."
"Acabava eu de dizer isto quando o meu homem me abraçou e me confidenciou:
– Lembras-te do que foi combinado entre nós? Pois eu escolho o bem mais importante da casa. E esse bem és tu!... És minha e não me separarei de ti! A não ser que tu não queiras mesmo viver comigo...
"Chorei toda a noite! Fizemos as pazes e conseguimos juntos ultrapassar os problemas. Não temos filhos, mas sabemos que temos o maior bem – o AMOR".
12 comentários:
Também me vieram as lágrimas aos olhos ao ler esta interessante e edificante história.
Uns choram por não terem filhos, outros por querer matá-los.
Vamos dizer todos sim à vida, porque as crianças são a coisa mais linda deste mundo.
J. Costa
Obrigada pela partilha.
Hadassah
Escolhi este post para incluir em "O melhor dos blogues".
Espero que não tenhas nada contra.
Podem crer, CAROS AMIGOS, que eu também fiquei muito sensibilizado ao ouvir este relato da Maria do Rosário.
Não chorei, só porque um homem não chora...
Aproveito para agradecer a J. Costa e hadassah os seus comentários.
Quanto a "O melhor dos blogues" eu é que agradeço a honra da escolha.
Vou colocar a Hadassah e O melhor dos blogues nos meus RECOMEMDADOS.
Ver para crer agradeço a honra, no que me toca. Tu já lá estás ... nos meus.
É isso. O amor é a maior riqueza que há no mundo.
Além do amor, a família. Que tremenda história! amei.
"O que Deus uniu o homem não separa".
Se fazemos diferente pagamos um alto preço!
abraços
Em contra-corrente e Marlene Maravilha:
Obrigado pelos vossos comentários.
Já linkei os vossos blogues.
Tudo passa só o amor fica para sempre.
Edificante sobretudo até porque o testemunho está identificado.
Quantas coisas acontecem nas nossas vidas que poderiam ser um alento para os outros e nós para preservarmos uma certa "intimidade" escusamo-nos de testemunhá-los.
Obrigado à Maria do Rosário e ao seu marido.
obrigado ao "Ver para Crer".
Abraço em Cristo
A História é bonita.
O casamento é uma instituição que deveria ser encarada como a célula da sociedade.
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